“Hoje, a região é servida por uma linha de 138 kV, que sai da sub-estação de Anastácio e, além de abastecer Corumbá e Ladário, atende também os municípios de Miranda e Bodoquena. Em função disso e também dos níveis de consumo registrados atualmente, a energia na região oscila muito, o que desestimula qualquer grande empreendimento industrial que exija uma oferta maior de eletricidade. O linhão a ser leiloado esta semana ligará a sub-estação de Anastácio diretamente a Corumbá, com uma tensão de 230 kV, e disponibilizará 200 MW a mais na fronteira, injetando mais potência e aumentando a confiabilidade do sistema. Sem dúvida alguma é um excelente atrativo para novos projetos industriais na região”, observa o senador , que é engenheiro eletricista e especialista em questões ligadas ao setor elétrico.
O leilão desta quinta-feira acontece às 10h na sede da Bolsa de Valores de São Paulo. O pacote montado pela ANEEL referente à Mato Grosso do Sul prevê a ampliação da sub-estação de Anastácio, a implantação de uma linha em circuito duplo de 230 kV com 295 km de extensão e a construção de uma nova sub-estação em Corumbá, para receber o linhão que distribuirá a energia em Corumbá e Ladário. As obras começam no ano que vem, têm prazo de conclusão de dois anos e estão orçadas em R$ 270 milhões.
Delcídio aponta outra vantagem na implantação do linhão. “Com a instalação da nova linha de transmissão será possível retomar o projeto de construção de uma termelétrica na fronteira, para gerar energia a partir do gás natural boliviano. Além de levar energia de Anastácio à Corumbá, o linhão poderá trazer a energia que será produzida por essa térmica e agregá-la ao sistema interligado brasileiro, permitindo o intercâmbio energético entre o Brasil e a Bolívia”, destacou o senador.