Os maiores investimentos do fundo foram para o setor de energia elétrica, mas a próxima aposta será no setor de saneamento básico, área considerada de extrema carência de investimentos no Brasil.
Conforme Madoglio, “existe uma diretriz do conselho curador de elevar os investimentos nesta área e “os primeiros negócios podem ser fechados com as empresas Sanesul (MS), Cosampa (PA) e Caema (MA).
Ainda segundo o superintendente, “o fundo já assinou termo de cooperação com as companhias para iniciar o processo de análise dos projetos”.
Nessa área, o fundo terá de redobrar os cuidados, já que as empresas de saneamento - quase todas estatais - têm uma saúde financeira delicada. "Seguimos todos os ritos que o mercado adota para a aquisição de um ativo, como por exemplo os processos de due diligence (análise dos ativos)", afirma Madoglio.
No mercado, não há só críticas à expansão do FI-FGTS. O economista da consultoria LCA, Luiz Guilherme Piva, vê a criação do fundo como um importante instrumento para ajudar a financiar a infraestrutura. "A equipe técnica é de primeiro nível e a gestão é compartilhada entre governo e trabalhadores. Não há perigo de interferência."
O FI-FGTS
O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS, criado por autorização da Lei nº. 11.491, de 20 de junho de 2007, e tem por objetivo proporcionar a valorização das cotas por meio da aplicação de seus recursos na construção, reforma, ampliação ou implantação de empreendimentos de infra-estrutura em rodovias, portos, hidrovias, ferrovias, energia e saneamento.