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Sem gado para abate, frigorífico dá férias coletivas

01 novembro 2010 - 16h28Por Redação Douranews, com Perfil News
Mais de 250 funcionários do frigorífico Mataboi S.A., que tem sede na cidade de Três Lagoas entram, a partir de hoje, em férias coletivas. De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande, Três Lagoas e Região, Rinaldo de Souza Salomão, a falta de gado para abate forçou a empresa a tomar tal decisão.

Para Rinaldo, a culpa seria dos produtores sul-mato-grossenses, que segundo ele, estariam “segurando o boi no pasto”para forçar o aumento do preço da arroba. “Não temos dúvida de que é pura especulação dos pecuaristas para conseguir preço da arroba”.

Para o presidente do sindicato, é preciso que aconteça uma intervenção do governo do Estado para regular o mercado de carne em Mato Grosso do Sul, inclusive com a liberação da importação de gado, principalmente do Paraguai. “O Brasil já ajuda aquele país vizinho fornecendo boa parte das vacinas contra febre aftosa, sem ter retorno algum a não ser a sanidade animal na faixa de fronteira. É preciso avançar mais e num momento como este, de desequilíbrio de estoque, podemos perfeitamente recorrer ao plantel paraguaio para o abastecimento interno do Brasil e também para cumprirmos acordos internacionais”, comentou o sindicalista.

Outra “prova” de que os pecuaristas estão segurando gado no pasto, segundo Rinaldo, diz respeito ao fato de que somente este ano foram contratados mais de dois mil empregados para empresas de fabricação de ração animal, principalmente para gado. “São dezenas de empresas especializadas na fabricação de alimentos para o gado na seca. Então, não é verdade que gado passa fome em Mato Grosso do Sul e que por isso não tem oferta para abate”, critica o sindicalista.

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