O Banco Central aprovou a indicação de novos diretores para o Banco Panamericano após descobrir fraudes nas contas da instituição. E para cobrir o rombo financeiro, evitar a falência do banco e prejuízos aos clientes, o Panamericano recebeu um empréstimo de dois bilhões e quinhentos milhões de reais do Fundo Garantidor de Crédito, um fundo privado mantido pelos próprios bancos.
A instituição, que é controlada pelo Grupo Sílvio Santos, com 51 por cento das ações, em sociedade com a Caixa Econômica Federal, com 49% de participação, ofereceu como garantia algumas empresas do apresentador de TV e dono do SBT.
O requerimento do senador Antonio Carlos Júnior, do Democratas da Bahia, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, convida o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, e da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, para que esclareçam possíveis irregularidades em transações e na fiscalização do banco.
"Nós temos uma questão urgente que é essa injeção de recursos num banco que é recém adquirido pela CEF. Então é preciso que a gente veja. Porque este rombo não foi detectado antes. Até na própria diligencia, quer dizer o processo de auditoria que os compradores fazem nos vendedores. Nós temos que saber porque isto aconteceu".
Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal comprou cerca de 35 por cento das ações do Banco Panamericano . Na época, a Caixa foi assessorada pela firma de auditoria e contabilidade KPMG. O senador Aloizio Mercadante, do PT de São Paulo, sugeriu a vinda de representantes da KPMG e também da Delloite, já que as duas consultorias não identificaram problemas nas contas da instituição.
" São duas empresas de prestígio, duas empresa importantes que não identificaram os problemas que levaram a esta situação. Então nós temos que identificaram nesta comissão especial, o problema da responsabilidade dos auditores. Um auditor externo e um auditor interno, duas empresas de nome que não identificaram. E Foi o Banco central que identificou os problemas que existiam na gestão do banco e a fragilidade de sua situação patrimonial", disse o senador petista.
Antes da atual crise, o banco Panamericano ocupava a posição número 21 no ranking dos maiores bancos brasileiros.