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Senadores discutem legalização dos bingos no Brasil

17 novembro 2010 - 20h01Por Redação Douranews, com Assessoria
Para evitar a criação de uma nova fonte de recursos para a saúde, como a extinta CPMF, um grupo de deputados defende a aprovação da proposta que legaliza os bingos no país. As casas de jogos de azar foram proibidas em 2003 por ocasião da denúncia de que o ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, recebia propina de empresários do setor.

Desde então, a Câmara dos Deputados discute um projeto que visa permitir o funcionamento das casas de bingos. O deputado Sílvio Torres afirmou que a liberação das máquinas de caça-níquel poderá aumentar a arrecadação em 10 bilhões de reais por ano, dinheiro que, segundo ele, poderia ser destinado para bancar despesas na área da saúde.

Mas o presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, foi categórico ao comentar a discussão da Câmara. “Sou contra a legalização dos jogos e dos bingos”, disse o senador, acompanhando por seu colega Magno Malta, do PL do Espírito Santo, que se posicionou contrariamente à legalização dos bingos e jogos de azar. “Bingo no Brasil tem 15% de honestos que mexeram acreditando na Lei Pelé. O resto é lavagem de dinheiro. O Brasil tem as fronteiras abertas e no dia que legalizarmos o bingo, seremos do paraíso da contravenção do mundo. Esses R$ 10 bilhões não valem os problemas a serem causados no país com viciados e aposentados gastando dinheiro e com o que vai acontecer de contravenção nos bingos. Ainda se fossem R$ 50 bilhões não valeria a pena abrir uma atividade que é porta-aberta para a contravenção”, disparou.

Já o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, afirmou que o jogo clandestino não pode continuar. Mas defendeu uma discussão sobre a legalização com o controle feito pela Caixa Econômica Federal. “Se for do jeito que está ai, sou contra. Isso é uma bagunça. Todo lugar, cada boteco ter máquina. Não se trata de viciados. Há uma máfia. Agora uma coisa é regulamentar, dar para a Caixa Econômica, tirar isso da mão de bandido. Isso pode acontecer. O Brasil é o único país que não permite o jogo deste nível. Mas bagunçado do jeito que é e tocado por criminoso, isso é inaceitável”.

Durante audiência pública em março na Câmara dos Deputados, representantes do governo federal também se posicionaram contra a legalização dos bingos. Segundo técnicos da Receita Federal, não há mecanismos para controlar a arrecadação das casas de bingos. Por outro lado, os defensores do projeto argumentam que a liberação dos jogos de azar vão resultar na geração de 100 mil empregos, além de 10 bilhões de reais em impostos.

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