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Política

Reinaldo diz que paciência com a União por mais recursos está acabando

06 setembro 2016 - 12h17

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) embarca para Brasília nesta terça-feira (6) para se reunir com o ministro da Justiça e Cidadania Alexandre de Moraes, em mais uma tentativa de conseguir apoio federal para questões de segurança pública em Mato Grosso do Sul. Segundo o governador, os principais assuntos a serem tratados no ministério são a manutenção do sistema prisional de Mato Grosso do Sul e a proteção das fronteiras secas do Estado com a Bolívia e o Paraguai.

Os assuntos são pertinentes e vêm sendo discutidos pelo governo desde o início de 2015, disse Reinaldo. “Atualmente, Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais apreende drogas no País, o que contribui para o crescimento do número de pessoas no sistema prisional”, afirmou. O governador lembrou que a maior parte das prisões no Estado é feita pelo tráfico internacional de drogas. “Nisso tem uma responsabilidade da União”, decretou.

Dados da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) revelam que mais de 40% dos presos em Mato Grosso do Sul foram condenados por tráfico de drogas. Dos 15.600 detentos do Estado, 6.100 cometeram crime do narcotráfico – a maioria internacional. Juntos, os presos custam mais de R$ 126 milhões por ano aos cofres estaduais. “São presos que a União deveria custear”, disse, lamentando que o Estado seja obrigado a assumir uma responsabilidade que deveria ser da União. “Teríamos que construir um presídio ou mais por ano para aportar esse número de presos”, estimou.

Se as conversas com o Ministério da Justiça e Cidadania não avançarem serão tomadas medidas judiciais pelo Governo do Estado contra a União, garantiu o governador. “Nós vamos conversar e queremos uma solução. Se não tivermos uma solução, vamos ingressar judicialmente contra o Governo Federal”, anunciou. Ele ainda lembrou que o assunto ficou parado por meses em Brasília devido a transição. “O ministro tinha pedido um tempo e acho que nós já demos o tempo necessário, a paciência tem um fim”, decretou.

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