Dois homens que invadiram uma empresa de transporte de valores em Corumbá, foram presos na madrugada desta quinta-feira (15). Segundo a Polícia Civil, os assaltantes fizeram um vigilante refém durante cerca de cinco horas.
Segundo a Polícia Militar, os suspeitos chegaram à empresa por volta das 20h30 de quarta-feira (14) e desligaram a chave de energia. O prédio ficou no escuro e eles teriam aproveitado para entrar pelo telhado com ajuda de uma corda. Lá dentro, o funcionário que estava de plantão foi feito refém. Os vizinhos desconfiaram da movimentação e chamaram a PM.
Umas das principais ruas da cidade foi fechada por viaturas de todas as forças policias e por veículos pesados. A intenção da polícia era evitar que os bandidos arrombassem o portão e fugissem com os carros blindados.
O clima estava tenso e a área foi isolada. Dois negociadores conseguiram conversar com os bandidos e eles começaram a fazer exigências. Por volta da 1h desta quinta, um defensor público chegou - pedido dos bandidos para se render - e, pouco tempo depois, eles libertaram o refém e se entregaram.
De acordo com a polícia, o refém ficou no prédio e passou por avaliação médica. Imediatamente, policiais e peritos entraram na empresa. O que a investigação da Polícia Civil quer saber agora é se eles conheciam a rotina da empresa e como conseguiram entrar no prédio sem ser notados.
Perto da transportadora de valores, dois carros foram apreendidos pelos policiais. Em um deles, estavam dois funcionários da empresa. Uma caminhonete com placas da Bolívia equipada com rádio amador também foi recolhida. Ela foi abandonada a aproximadamente 100 metros do prédio invadido. Nela, a polícia encontrou centenas de munições de vários calibres, pistolas, um revólver e um fuzil 762 - arma de alta precisão que só pode ser usada pelas Forças Armadas.
A polícia ainda não sabe qual é a relação do arsenal com o assalto. Os suspeitos foram transferidos para o presídio de Corumbá. Conforme a Polícia Civil, os dois são nordestinos, têm passagens por roubo e foram até a cidade com intenção de cometer o mesmo crime.