O Brasil pode ter de elevar sua taxa de juros para conter as expectativas de inflação à medida que o crescimento econômico é retomado, disse ontem (12) o FMI (Fundo Monetário Internacional). O Banco Central cortou a Selic para a mínima histórica de 7,25% na quarta-feira (10), e analistas e autoridades estão divididos sobre se será necessário elevá-la no ano que vem.
O FMI espera que o crescimento recupere-se em 2013 e atinja 4%, ao passo que prevê que a inflação ficará em 5,1% no ano que vem, acima do centro da meta, de 4,5%. "À medida que se fortalece a recuperação, pode ser necessário descartar estímulos para reduzir mais firmemente expectativas de inflação em alguns países (por exemplo, Brasil e Uruguai)", disse o FMI em seu mais recente relatório regional sobre a América Latina.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há necessidade de aumentar os juros no ano que vem, mas uma autoridade do BC afirmou que não hesitaria em elevar as taxas caso a inflação superasse o teto da meta, de 6,5%. A inflação foi de 5,28% em setembro e os preços de juros futuros sugerem que investidores esperam uma alta de 0,5 ponto percentual nos juros em julho de 2013. O Uruguai elevou sua taxa de juros para 9% no mês passado. As informações são do Terra