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Polícia

Delegada diz que PCC deve ser visto como força criminosa organizada

20 novembro 2012 - 21h03Por Redação Douranews

O crime organizado paulista e carioca têm em comum apenas a ousadia de enfrentar o Estado. De resto, as facções são muito diferentes. "A principal organização criminosa organizada de São Paulo é o PCC (Primeiro Comando da Capital), é a que tem o maior domínio, é muito mais organizada, tem uma ramificação muito forte. Se existe outro tipo de organização criminosa, ela não faz frente ao PCC", diz a delegada Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

Ela critica a Secretaria estadual de Segurança por não reconhecer a existência da facção. Segundo ela, admitir a atuação do PCC "não é glamourizar (o crime), é pé na realidade". Segundo ela, a organização teria mais de 1.300 integrantes e faturamento mensal de R$ 6 milhões, arrecadado por meio das mensalidades, de aproximadamente R$ 800, de seus integrantes, além de um percentual do resultado das ações criminosas.

Diferente do que acontece no Rio, o PCC não costuma dominar territórios nos quais a polícia é impedida até de entrar. Seus integrantes ficam pulverizados, o que torna seu combate muito mais complicado. O governo paulista chega a dizer que não existe crime organizado em São Paulo e nega que as recentes ações que já mataram mais de 90 policiais sejam fruto de alguma retaliação do PCC contra o Estado.

"Quando existe esse estado de exceção, essa crise que beira a falência da segurança pública no Estado, existem oportunistas que fazem o acerto de contas (matando policiais), mas atribuir toda essa onda de violência a acerto de contas é de uma ingenuidade... Estão subestimando a inteligência da sociedade. Isso é uma ação orquestrada, direcionada aos policiais, que teve início na operação na qual seis integrantes da facção foram mortos", pontifica a delegada.

Segundo ela, todo o enfrentamento, incluindo trabalho de inteligência, é feito pela Polícia Militar, deixando de lado a Polícia Civil, que deveria ser responsável pela investigação. "Nada contra a Polícia Militar, que é uma valorosa corporação, merece respeito, mas atribuir à Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, tropa da PM) a responsabilidade pela investigação é totalmente inadequado", comenta a delegada. As informações são do Terra

douranews