Reunidos na tarde desta quarta-feira (30) no auditório da Governadoria, os prefeitos foram aconselhados pela diretoria da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) a manter a cautela na hora do fechamento das contas públicas nesse momento de dificuldade porque passa o país, ao mesmo tempo em que foram advertidos para que continuem atentos a movimentação em Brasília em torno da repatriação de dinheiro do exterior, sob o risco de os municípios serem preteridos na partição dos valores pelo governo federal.
O presidente da entidade, Juvenal Neto (PSDB), abriu o evento falando do cenário difícil que os prefeitos enfrentam diante da grave crise financeira vivida pelo país nesse momento de transição de governo, sobretudo, em decorrência da falta do cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo federal, que, segundo ele, criou uma série de programas sociais, mas não indicou uma fonte de receita para as contrapartidas.
Neto se referiu à redução dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), entre outros fatores negativos que acabaram refletindo na contabilidade das prefeituras. Segundo ele, os prefeitos não devem perder o foco em torno dessa questão. “Eu conversei hoje com a CNM (Confederação Nacional de Municípios), que nos aconselhou a não parar o movimento em favor de garantir os recursos das multas do dinheiro da repatriação”, comentou, durante seu discurso.
O prefeito observou que as prefeituras hoje operam praticamente com o orçamento de 2013 diante do encolhimento dos repasses constitucionais e devido ao estado de insolvência da maioria por culpa da política monetária nacional.