O Conselho Curador da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) tenta reunir quórum legal para deliberações desde o mês de junho para apreciar questões pendentes no âmbito da administração da entidade, entre eles o que trata de denúncia formulada contra a diretora técnica da Fundação, Angela Marin, citada em atas de reuniões anteriores do Conselho, por extrapolar das atribuições no exercício da função.
Na reunião ordinária convocada para o dia 29 de junho, na sala de reuniões da própria Funsaud, a denunciada Angela Marin esteve presente, mas os conselheiros indicados pela Prefeitura, Paulo Cesar Nunes de da Silva, procurador-geral do Município e Maria Piva Fujino se ausentaram; ela ainda justificou agenda externa junto à Secretaria de Saúde do Estado.
Já na reunião ordinária que aconteceria no dia 20 deste mês, no mesmo lugar, apenas dois conselheiros compareceram: o presidente Everaldo Leite Dias, indicado pela Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) e Carlos Alberto Longo, membro indicado do segmento dos usuários do Conselho Municipal de Saúde. Ausentes, mais uma vez: o procurador-geral do Município Paulo Cesar Nunes de da Silva e ainda, além de Maria Piva, o outro membro indicado pela Secretaria municipal de Saúde, Edvan Marcelo Morais Marques. Nesta, nem a denunciada participou.
De acordo com Everaldo Leite Dias, sem quórum a pauta de deliberações do Conselho permanece travada. Isso porque o colegiado precisa também de maioria presente nas reuniões até para dar posse aos novos membros, embora ainda não tenha sido publicado oficialmente o decreto de nomeação de Raissa Moreira Rodrigues Eehara (membro indicada da OAB), Claudinei dos Santos Moreira (representante eleitos dos funcionários da Funsaud) e Wellington Henrique Rocha de Lima (membro suplente), para que eles adquiram poderes de voto nas assembleias. “Enquanto isso, vamos convocando reuniões e registrando”, afirma o presidente do Conselho Curador.
A diretora técnica Angela Marin já é investigada pelo Promotoria de Dourados, após interveniência da Ouvidoria do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) sobre suposta ordem que teria dado para que médicos plantonistas no Hospital da Vida “não disponibilizassem medicações cruciais para sedação de pacientes, como fentanil e midazolam, inclusive, podendo estar de forma criminosa e irresponsável abreviando a vida de pacientes”, conforme a denúncia, reiterada por prints de conversas de Angela com profissionais de saúde.
Além de apurar os fatos envolvendo a poderosa diretora técnica da Funsaud, a pauta das reuniões não realizadas previa: Proposta e Aprovação do Regimento Interno do Conselho Curador; Alterações no Texto de Lei do Estatuto da Funsaud, conforme aprovações já realizadas; Homologação do resultado da Eleição do Representante dos empregados e respectivo suplente; e Informações da Diretoria Executiva da Funsaud com relação ao Contrato de Gestão. Nova Reunião Ordinária está marcada para o dia 23 de agosto.
