O alvo da principal operação das forças de segurança é a favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte, um dos grandes redutos de criminosos da facção criminosa acusada de comandar os ataques a veículos e alvos polícias esta semana em vários pontos da cidade, informou a polícia.
Seis veículos militares blindados da Marinha, que nunca foram usados nos combates em favelas da cidade, vão transportar soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para o interior da favela. Na quarta-feira, o blindado do Bope, conhecido como "caveirão", teve dificuldades para entrar na favela devido a barricadas construídas pelos criminosos.
Outras barreiras foram erguidas nos caminhos para chegar à favela nesta quinta-feira, e um carro foi incendiado no principal acesso da Avenida Brasil para o Complexo da Penha, impedindo a passagem de carros, mostraram imagens de TV ao vivo. As tropas, no entanto, já tinham passado.
Imagens de TV também mostraram o início da ação com os veículos blindados superando barricadas, ao som de disparos de tiros.
"O objetivo de hoje é assumir o território novamente que foi tomado pelo tráfico. Estamos tomando esse local e retirando da sociedade essa situação de refém do tráfico", afirmou o coronel Álvaro Rodrigues, comandante do Estado-Maior da PM e chefe da operação. Segundo o coronel, a operação não tem prazo para acabar.
Ao menos 55 veículos, entre carros, ônibus e vans, foram incendiados pelos criminosos desde domingo, quando foi deflagrada a onda de ataques a veículos e alvos policiais na cidade e região metropolitana. Só nesta quinta-feira, foram 14 veículos queimados, incluindo um ônibus em que o motorista levou um tiro na cabeça por ter se recusado a parar o coletivo. Ele foi levado para um hospital em estado grave.