Menu
Buscardomingo, 18 de maio de 2025
(67) 99913-8196
Dourados
19°C
unigran 25
whats
Cultura

História: Lei que criou a rua Joaquim Teixeira Alves completa 50 anos

22 janeiro 2017 - 11h35

A lei que criou a avenida Joaquim Teixeira Alves, uma das principais artérias de Dourados, cujo nome homenageia o importante pioneiro nascido no Rio Grande do Sul, completou neste sábado (21), 50 anos desde que foi sancionada.

As ruas do quadrilátero central de Dourados entre as atuais ruas João Rosa Góes e Toshinobu Katayama tinham inicialmente a denominação de nome de Estados e a primeira a sofrer alteração foi a rua Pernambuco que, em 1954, passou a ser denominada de rua Presidente Vargas e na sequência, em 1963, a rua Minas Gerais passou a ser denominada de João Cândido da Câmara, seguida da rua Rio de janeiro que foi alterada para Hilda Bergo Duarte e pouco tempo depois a rua Maranhão passou a ser denominada de Dr. Nelson Becker de Araújo, o médico humanitário de Dourados e no mesmo ano a rua Sergipe ganhou o nome de rua João Rosa Góes.

De acordo com o advogado e historiado Rozemar Mattos Souza, em 1967 a rua Paraná que passou a ser denominada de rua Joaquim Teixeira Alves seguida das alterações das ruas Goiás que em 1968 foi denominada de Dr. Camilo Ermelindo da Silva e a rua Rio Grande do Sul que em 1969 passou a ser rua Weimar Gonçalves Torres se somaram, mais tarde, às ruas Bahia (atual Hayel Bon Faker) e Espirito Santo (atual Toshinobu Katayama), que foram alteradas em 1979 e 1980, respectivamente.

As ruas Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Rio Grande do Sul, Bahia e Espirito Santo foram alteradas em seguida ao falecimento das personalidades que lhes emprestaram o nome. Já a rua Rio de Janeiro, menos de dois anos após o falecimento de Hilda Bergo. Já com as ruas Sergipe, alterada somente após 28 anos do falecimento do pioneiro João Rosa Góes e a rua Paraná, alterada 50 anos após falecer Joaquim Teixeira foi diferente, pois o pioneiro que nasceu no Rio Grande do Sul faleceu em fevereiro de 1916, tendo decorrido mais de 50 anos para a justa homenagem.

As ruas João Cândido Câmara, Hilda Bergo Duarte, Dr. Nelson de Araújo e Joaquim Teixeira Alves foram alteradas através de projeto de lei de iniciativa do então vereador Cider Cerzósimo e Souza, que é pai de Rozemar e exerceu forte influência política na época.

A lei n. 642 que denominou a rua Joaquim Teixeira, apresentada na Câmara pelo então presidente do Legislativo, vereador Cider Cerzósimo e Souza, tinha a seguinte justificativa para propor essa alteração:

- “Joaquim Teixeira Alves dedicou parte de sua existência trabalhando pelo engrandecimento desta região, onde hoje seu corpo está plantado como uma semente do bem, proliferando homens como ele, que soube amar a terra hospitaleira que o acolheu. Aquele que em vida tanto fez para que a nossa Dourados tivesse um começo formado em situação geoeconômica privilegiada, para que seus descendentes pudessem contemplar e colher os frutos irrigados com o suor e sangue tangidos pelo cântico da perseverança...”

A lei 642 foi objeto de um artigo de autoria do jornalista douradense Theodorico Luiz Viegas, publicada no Jornal O Progresso ressaltando a justa homenagem a família Carneiro Alves e o reconhecimento por parte da Câmara da dedicação de Joaquim nos primeiros anos de existência de Dourados. A família do pioneiro, através de João Carneiro, Salustiano Carneiro e o jovem bioquímico Odilon da Silva Alves, compareceu ao mesmo jornal no mês de fevereiro de 1967 para agradecer a Câmara e em especial ao ex-vereador Cider Cerzósimo por tão justa homenagem ao desbravador, que realmente foi um pioneiro desta terra.

Parte da história dos pioneiros de Dourados está retratada no nome das ruas do quadrilátero central de Dourados, da Albino Torraca a Toshinobu Katayama e da João Vicente Ferreira até a Cuiabá. Umas homenageiam pioneiros que aqui chegaram antes da criação do Distrito (Marcelino, Joaquim, João Vicente, Onofre de Mattos, João Cândido Câmara, Ciro Melo, João Rosa Góes, Firmino Vieira Matos, Major Capilé e Albino Torraca), outros antes da criação do município (Dr. Camilo, Dr. Nelson e Antônio Emilio de Figueiredo), dois que tiveram participação na criação da Colônia Agrícola de Dourados ( Presidente Vargas e Oliveira Marques), uma pioneira da área da saúde (Hilda Bergo) e um importante político e pioneiro na advocacia e como jornalista (Weimar Torres).

Rozemar lembra ainda das homenagens aos pioneiros da colônia japonesa (Toshinobu Katayama) e do comércio, nascido na Síria (Hayel Bon Faker). Cita ainda que a rua Cuiabá é a lembrança da antiga capital (quando o Mato Grosso ainda não havia sido dividido) e observa que existe uma exceção nessas nomenclaturas. “A rua Melvin Jones homenageia o fundador do Lions Clube nos EUA”.

douranews