Grupo douradense com Alok, em Nova Iorque - (Foto: Reprodução)Evento que acontece ao longo desta sexta-feira (19), reunindo alunos indígenas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) vai contar as histórias do primeiro grupo de rap indígena do Brasil, o Brô MC's, formado por integrantes das aldeias indígenas do Município, e que, pelas canções de protestos e pedidos de socorro, projetam a realidade dessa comunidade em todo o mundo.
O grupo participou, inclusive, no final do ano, da campanha "The Future is Ancestral" (na tradução, o futuro é ancestral), organizada pelo DJ Alok, em evento que precedeu a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque (EUA) e reuniu líderes globais para debater o desenvolvimento e as dificuldades do planeta.
A campanha fez parte do lançamento do álbum de mesmo nome e contou com a projeção de mil drones direto do telhado da ONU (Organização das Nações Unidas). Os equipamentos simularam araras, baleias, onças-pintadas e os olhos humanos com a frase "proteja-me", visualizada nos ares em português.
yawanawá
Yawanawá habitam o interior do Acre, na Amazônia Legal
Durante todo o dia, pela manhã e à tarde, internos indígenas da PED vão celebrar o Dia dos Povos Originários, retratando aspectos culturais, étnicos e lendários que marcam essa história. A canção yawanawá será apresentada como símbolo como símbolo da coesão grupal e suas relações, em referência ao território que na atualidade constitui a Terra Indígena Rio Gregório, situada na Amazônia Legal.
A programação na PED prevê ainda a apresentação, por parte de alunos indígenas, da música ‘Meu Mato Grosso do Sul’, imortalizada na composição de Carlos Fábio/Carlos Marinho, que o cantor interpretou com o falecido Nildo Pacito.
Projeto
Conversas sobre o Dia dos Povos Indígenas, dança e reza, histórias da comunidade e a Lenda da Mandioca fazem parte da programação, do projeto “Conhecimento para combater o preconceito - Dia Nacional dos Povos Indígenas”, que vem sendo desenvolvido durante todo este mês por meio de uma parceria com o Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), que segue as diretrizes da assistência educacional e consiste em atividades que promovem discussão sobre a diversidade étnica, social e cultural no país.
De acordo com o diretor da PED, o policial penal Rangel Schveiger, também foi formada uma parceria com a Defensoria Pública Criminal de Dourados, para solicitar ao Instituto de Identificação Gonçalo Pereira – IIGP a realização de um mutirão, dentro da penitenciária, para regularização e emissão de RG dos povos originários que cumprem pena no local.
