A combinação entre crescimento da indústria de aviação comercial e a aposentadoria dos profissionais que já estão no mercado impulsionará a criação de postos de trabalho no setor nas próximas décadas.
De acordo com estudo da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês), até 2030 o setor deve contratar 2 milhões de profissionais ao redor do globo.
O órgão, vinculado a Organização das Nações Unidas (ONU), estima que o número de aviões comerciais em operação devem subir para 151, 565 nos próximos 20 anos. Em 2010, este número era de 61, 833. O número de vôos, segundo a projeção, deve saltar de 26 milhões para 52 milhões neste período.
Para atender a essa demanda, o número de profissionais do setor deve dobrar com relação ao contingente atual. Só de pilotos, estima-se que serão necessários 980,799 até 2030. No ano passado, haviam 463,386 disponíveis no mercado. Confira:
Estima-se que, em todo mundo, o setor terá uma carência de profissionais equivalente a 160 mil pilotos, 360 mil profissionais de manutenção e 40 mil contradores de voo.
Oportunidade
O Brasil já sente reflexos desse problema. Em 2010, o mercado de aviação teve crescimento de 23,47% com relação ao ano anterior. Mas o processo de formação de profissionais para comandar aeronaves não acompanhou esse ritmo e, hoje, os pilotos brasileiros são disputados por empresas brasileiras e estrangeiras.
Em média, o salário de um profissional dessa área no Brasil varia de 7 mil reais a 16 mil reais.
Para pleitear uma oportunidade em companhias como TAM e Gol, os pilotos precisam contabilizar mais de 1.500 horas de vôo.
A licença para piloto comercial sai por 35 mil reais, mas o valor das despesas com formação acadêmica e profissionalizante pode dobrar esse valor.
No caso de controladores de vôo, a remuneração máxima é de 7.800 reais. Para chegar ao posto, é preciso fazer um curso de dois anos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá.