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Líderes chamam violência em Washington de ataque à democracia e pedem transição

07 janeiro 2021 - 00h07

Diversos líderes internacionais publicaram mensagens de condenação aos eventos desta quarta, 6, em Washington, após a invasão do Capitólio e uma escalada de tensões, em meio à confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais pelo Congresso. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chamou as cenas de "vergonhosas", e afirmou, pelo Twitter, que os Estados Unidos defendem a democracia pelo mundo, e agora é "vital" que haja uma transição pacífica de poder. Do outro lado do Canal da Mancha, as reações dos líderes da União Europeia foram no sentido de olhar para o governo Biden. Em seu Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou estar "olhando à frente" para a administração do democrata, e disse acreditar no força das instituições e da democracia dos EUA. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamou os eventos de um "choque", e afirmou que o Congresso dos EUA são um "templo da democracia". O Alto Representante do bloco, Josep Borrell, afirmou que a democracia americana hoje esteve sob "sítio", e que foi um ataque nunca visto às instituições e ao Estado de direito do país. O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Mass, afirmou que os "inimigos da democracia ficarão felizes em ver as fotos", indicando que palavras inflamatórias "tornam-se atos violentos", e fez um paralelo das cenas de Washington com o Reichstag, em Berlim. "O desdém pelas instituições democráticas é devastador", afirmou Mass. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, publicou uma declaração "repudiando os ataques contra as instituições", e afirmando que o exercício da força e do vandalismo constituem um "sério ataque" ao funcionamento da democracia. "Exigimos o retorno à tão necessária racionalidade e a conclusão do processo eleitoral de acordo com a constituição e os procedimentos institucionais correspondentes", conclui o comunicado.

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