O escritor Olavo de Carvalho anunciou na segunda-feira, 18, que vai sair do Twitter após a rede social apagar publicações em que ele divulgava "informações enganosas e potencialmente prejudiciais em relação à covid-19". No Facebook, ele escreveu que estava "caindo fora" da plataforma, que definiu como a "Cracolândia da internet". A conta de Olavo no Twitter continua no ar, mas nada foi publicado desde a tarde da segunda-feira. Em outra postagem no Facebook, o escritor mostrou que tinha recebido uma notificação de que o Twitter tinha limitado temporariamente algumas funções de sua conta no site. De acordo com o aviso da plataforma, Olavo violou "a política de disseminação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à covid-19". Desde maio do ano passado, o Twitter passou a adicionar alertas a tuítes que disseminavam dados enganosos ou questionáveis sobre o novo coronavírus, especificamente "conteúdos que vão diretamente contra orientações para covid-19 advindas de fontes oficiais em saúde pública de todo o mundo". A plataforma deleta as publicações que entende que podem causar danos mais graves. Sobre os tuítes de Olavo de Carvalho, a empresa comunicou que "o Twitter tem regras que determinam os conteúdos e comportamentos permitidos na plataforma, e violações a essas regras estão sujeitas às medidas cabíveis". No sábado, 16, um tuíte do Ministério da Saúde recebeu a marcação de "potencialmente prejudicial". A publicação estimulava a adoção de um "tratamento precoce" contra a covid-19, mas não há respaldo científico para isso. Na véspera, um tuíte do presidente da República, Jair Bolsonaro, com conteúdo similar também recebeu um alerta na plataforma.