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Política

Azambuja sinaliza abandonar Aquário para priorizar investimento na saúde

26 outubro 2016 - 13h40

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) admitiu nesta quarta-feira que não deve investir os R$ 40 milhões necessários para a finalização da obra do Aquário do Pantanal. Azambuja afirmou preferir usar o valor, principalmente neste período de crise financeira, em ações voltadas para saúde.

A declaração do governador foi feita no Hospital São Julião, durante última etapa do programa pós-caravana da saúde, que utiliza estrutura de três hospitais da Capital em convênio com o Estado para realização de cirurgias eletivas.

Desde o início do programa, que priorizou cirurgias de catarata, foram investidos R$ 76 milhões pelo Governo do Estado. Azambuja deixou claro que prefere investir em ações de saúde do que em obras e citou o polêmico Aquário do Pantanal, obra iniciada ainda na gestão André Puccinelli (PMDB).

“Dou o exemplo do Aquário. No início custaria R$ 84 milhões, gastou R$ 230 milhões e precisa ainda de R$ 40 milhões para concluir. Será que não é melhor investir os R$ 40 milhões para atender a saúde do que, agora na escassez de recursos, terminar o Aquário? São essas decisões que o governo tem que tomar e vou priorizar às pessoas”, disse Azambuja sem detalhar sobre o que pode ser feito com a estrutura já erguida na Avenida Afonso Pena.

Coincidência ou não, a edição de hoje do Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe paralisação de contrato que o Governo possui com a Clima Teck Climatização, empresa responsável pela ventilação e exaustão mecânica do prédio do Aquário. O prazo da paralisação é de 120 dias contados a partir de julho.

CIRURGIAS

O pós-caravana, como é chamado o mutirão de cirurgias eletivas feito nos hospitais São Julião, Santa Marina e Hospital do Pênfigo em convênio com o Estado, será encerrado nas próximas semanas.

Só o Hospital São Julião realizará 350 cirurgias do convênio. Ao todo, foram 990 procedimentos contratados pelo Estado e 850 já realizados. Entre eles há procedimentos em vesícula, hérnia, varizes, cabeça e pescoço

Uma das pacientes que espera ter fim em romaria que já dura 50 anos é a dona de casa Justa Benites Martins, moradora de Maracaju. Uma vez por semana ela viaja da cidade onde vive até Campo Grande para realizar curativo na perna. Ela passará por cirurgia ainda hoje.

Diretor administrativo do hospital, Amilton Alvarenga afirma que os convênios firmados entre o poder público e as instituições privadas deveriam ser ampliados em mais de 6 meses.