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Servidores do Evangélico vão parar hospital na quinta

29 julho 2014 - 22h32Por Redação Douranews

Servidores do HE (Hospital Evangélico) vão paralisar as atividades nesta quinta-feira (31), entre às 13 e 17 horas, 'em apoio à reivindicações da direção do hospital por mais verbas', conforme notificação protocolada na segunda-feira (28) junto ao superintendente da Associação Beneficente Douradense, mantenedora do HE na cidade, Eliezer Soares Branquinho.

De acordo com Demetrius Pareja, enfermeiro há 25 anos no Evangélico e membro da Comissão de Mobilização, há pelo menos três anos a entidade vem operando com sucessivos déficits em relação aos repasses financeiros. "A dívida de curto prazo hoje gira em torno de R$ 10 milhões", garantiu.
Os servidores argumentam que, em razão do episódio que culminou com a investigação e até prisão de ex-dirigentes do hospital por conta da operação 'Owari' (ponto final, em japonês), realizada em 2010, houve uma espécie de "trancamento" dos repasses para o atendimento pelo hospital.

"Os diretores foram absolvidos, os bens deles que estavam bloqueados já foram liberados e só os repasses é que não chegam", comentou Demétrius, citando ainda a troca de superintendentes nesse período. Nos últimos cinco anos, três nomes já se revezaram na função, disseram os membros da Comissão de Mobilização em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (29) na sala anexa ao prédio onde funciona o Conselho Municipal de Saúde de Dourados.

Mas, a maior reclamação dos trabalhadores ao proporem essa mobilização é que a rede pública de saúde de Campo Grande recebe em torno de R$ 40 milhões para atender uma população estimada em 1.2 milhão de usuários, enquanto Dourados, que atende em torno de 800 mil pacientes, de aproximadamente 38 municípios e até de países vizinhos, recebe pouco mais de R$ 1,5 milhão.

"A inflação no setor de saúde é muito maior do que em outos setores econômicos, e desde 1994 nunca houve um reajuste linear nos repasses dos procedimentos da tabela SUS", afirmou o servidor. A solução, segundo Demétrius, será rever os termos da contratualização dos serviços prestados. Estudos indicam que o HE arrecada R$ 5,5 milhões e tem despesas mensais da ordem de R$ 6,7 milhões. "Seriam necessários, pelo menos, mais R$ 1 milhão por mês para suprir essa demanda", afirma o membro da Comissão.