Militares do Exército Brasileiro bloquearam na tarde desta terça-feira (1) o trecho da rodovia MS 384 que dá acesso às três fazendas ocupadas por indígenas em Antônio João. A operação que ganhou o nome de “Dourados” vai atuar na região por 30 dias.
Conforme divulgado pela seção de comunicação social do CMO (Comando Militar do Oeste), em torno de 1.500 homens, sob o comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, integram a operação.
Operação
A “Operação Dourados” foi desencadeada por determinação da presidente Dilma Rousseff, a pedido do governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), com objetivo de implantar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), devido à situação ter alcançado “grandes proporções”.
A Presidência da República autorizou o uso das Forças Armadas na região, que engloba Aeronáutica e Marinha. Mas, por enquanto, somente o Exército vai estar na região. As tropas do CMO já estavam na região e vão atuar em Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã
Na sexta-feira (28), a Funai (Fundação Nacional do Índio) havia informado que 700 indígenas guarani e kaiowá ocupavam fazendas na região e que eles reivindicavam terras e a retirada de gado das propriedades.
Conflito
A situação em Antônio João começou a ficar tensa em 22 de agosto, quando índios ocuparam uma fazenda e fizeram os moradores reféns. Somente com a intervenção do DOF (Departamento de Operações da Fronteira) é que a família foi libertada.
A partir de então, outras propriedades rurais foram ocupadas. Nesta terça-feira, os índios saíram de uma delas e da sede de outras duas. No galpão de uma delas havia resto de fogueira e muitas latas de cerveja, segundo a Polícia.
