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Secretário considera 'gravíssima' ação de suspeito de pedofilia

21 outubro 2014 - 14h47Por Redação Douranews

O servidor público Jeferson Porto da Silva, de 33 anos, funcionário da Prefeitura de Dourados, apontado como suspeito de aliciar adolescentes e oferecer dinheiro para manter relações sexuais com meninos, e que foi preso neste domingo (19) por uma equipe do Sig (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil, encontra-se em férias no Município.

De acordo com levantamento da Secretaria municipal de Administração, Jeferson é concursado como técnico administrativo e atualmente está lotado para o exercício da função junto ao Pam (Pronto Atendimento Médico). As férias dele vencem no dia 3 de novembro, data quando deveria retornar ao trabalho.

A delegada Marina Lemos, que cuida do inquérito aberto para apuração de suspeitas do servidor com pedofilia, arrisca dizer que em torno de 100 garotos poderiam ter mantido contatos com o homem, que se identificava como ‘mulher’ nas redes sociais, convidando meninos para um programa. No encontro, revelava ser homossexual e chegava a pagar até R$ 30 para manter relações. 

O secretário municipal de Administração, João Azambuja, disse que a Prefeitura costuma apurar casos de envolvimento de servidores com a Polícia, porém, como revelou ao Douranews, “na maioria das vezes por encrequinhas; dessa gravidade é a primeira vez”. Ele disse que ainda não recebeu nenhuma informação das autoridades quanto ao caso, e que o assunto é tratado com cautela no âmbito do Município.

“Mas, com certeza, ele será alvo de um Procedimento Administrativo, vamos ver o que diz o Estatuto do Servidor sobre direitos e deveres”, acrescentou Azambuja. Jeferson já vinha sendo investigado há mais de dois meses, depois que a mãe de um dos garotos envolvidos descobriu pelo perfil do filho nas redes sociais que havia esse tipo de relacionamenro homoafetivo.

Prazer

O artigo 131 do Código Penal prevê punições em caso de transmissão de doença grave [o servidor se disse soropositivo em HIV], principalmente porque, segundo a delegada, a Polícia já apurou que Porto usava um exame médico falso na tentativa de provar às vítimas que não era portador do vírus. Ele disse que ‘fazia programas’ por prazer sexual. A delegada já solicitou exames médicos mais apurados para identificar possíveis transtornos do suspeito.

Jeferson Porto já foi interrogado e continua preso, enquanto a delegada colhe novos depoimentos de jovens e familiares sobre as denúncias. O servidor confirmou que mantem relações sexuais com adolescentes, todos do sexo masculino, há algum tempo e confessou a prática dos crimes de aliciamento e estupro. Na casa dele, a Polícia encontrou fotos e imagens gravadas onde aparecem garotos nus, e alguns se masturbando. A delegada Marina Lemos disse que tem 10 dias para concluir o inquérito.

A pena de Jeferson, se condenado, pode chegar a quatro anos de prisão pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave e, pelo crime de pedofilia, a 10 anos de prisão. O suspeito pode ser encaminhado para a Phac (penitenciária Harry Amorim Costa), a pedido da delegada.

A delegacia disse que denúncias ou mais informações podem ser encaminhadas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Rua Cuiabá, ou pelos telefones 67 3411-8060 e 3411-8080.