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Campo Grande

Filho de 3 anos não sabe sobre morte de Carolina, avós dizem que mãe está no hospital

07 novembro 2017 - 10h57Por Luana Rodrigues/CE

O filho de apenas 3 anos de Carolina Albuquerque Machado, que tinha 24 anos, ainda não sabe sobre a morte da mãe.

A família tenta recuperar-se do choque que foi a perda da jovem que era bacharel em Direito. Ontem pela manhã, a decisão da Justiça de conceder liberdade ao estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, apontado como o responsável pela morte da jovem, causou indignação.

Para o pai de Carolina, o engenheiro civil Lázaro Barbosa Machado, 63 anos, a fiança de R$ 50 mil é algo "absurdo e desproporcinal" se analisada a gravidade do crime. "Se você analisar a circunstância do crime e pela situação econômica da família, que aparentemente é bem abastada, acho que R$ 50 mil beira ao ridículo", afirma.

O pai ainda questiona a rapidez com que a Justiça se posicionou no caso. "Estou sabendo que ele foi solto num processo relâmpago, muito estranho. Isso nós não podemos questionar, que tem que questionar é o Ministério Público, mas como pai, é evidente que estou indignado", diz.

Notícia dífícil

A família busca forças para se recuperar da dor da perda e agora concentra toda a atenção no cuidado ao filho de Carolina, de 3 anos, que também ficou ferido no acidente.

O garoto ainda sente dificuldade para andar, mas passa bem, inclusive recebeu alta do hospital no domingo (5). Mas o que os médicos, nem os avós conseguiram curar foi a saudade que ele sente da mãe.

"Ele tem três anos e meio, não tem muita noção, brinca um pouquinho, mas daqui a pouco já pergunta da mãe. E a gente não sabe como explicar, então diz que ela está doentinha, no hospital", conta o avô.

"Fatalidade"

João Pedro está solto desde às 13h40 de ontem, quando deixou o Patronato Penitenciário de Campo Grande, onde esteve para a instalação da tornozeleira eletrônica. Para ganhar a liberdade monitorada, o estudante pagou fiança de pouco mais de R$ 50 mil.

Em entrevista à imprensa logo após conseguir a liberdade provisória de João Pedro, o advogado de defesa classificou a colisão como uma "fatalidade" e disse que não poderia dar detalhes sobre a dinâmica do acidente, pois o processo está em segredo de Justiça.