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Como anunciado, ‘voto camarão’ tomou conta das eleições este ano em Dourados

16 novembro 2020 - 14h00

Considerado um ‘fenômeno’ estranho, porém, característico e até já inerente ao processo eleitoral, especialmente em colégios eleitorais onde falta a consciência em torno da importância desse momento, o chamado ‘voto camarão’ atuou decisivamente para o resultado que saiu das urnas nas eleições deste domingo (15) para a Prefeitura e Câmara de Vereadores em Dourados.

Os números, por si só, demonstram esse fator decisivo, a começar pela vitória do vereador Alan Guedes (PP) à Prefeitura. O candidato a prefeito obteve 32.342 votos e a chapa de vereadores da coligação que ele encabeçou, formada por PP, PL e Cidadania, totalizou 6.397 votos, menos de 20% da soma dos votos do prefeito eleito.

O que é voto camarão?
Relembre artigo publicado dia 22 de setembro pelo advogado José Tibiriçá no DOURANEWS

Já a coligação encabeçada pelo segundo lugar na disputa de prefeito, o deputado Barbosinha (DEM), somou 65.914 votos, enquanto o candidato majoritário ficou com 31.650 votos, menos da metade da totalização dos candidatos que concorreram para a Câmara de Vereadores.

OS VEREADORES ELEITOS

O ‘voto camarão’ ainda produziu pequenos estragos nas candidaturas tidas como ‘nanicas’, onde o Republicanos do farmacêutico Racib Harb, que colheu 11.410 votos para prefeito, elegeu o arquiteto Fabio Luis vereador com 1.224 votos.

O advogado Wilson Matos, lançado de última hora pelo PTB , muito mais para tirar o estigma de que a chapa encabeçada por Alan era a ‘preferida’ da prefeita Délia Razuk, somou 5.667 votos e a aliança de vereadores, formada por PTB e PDT, totalizou 3.700 votos, e elegeu o mais votado dessas eleições, Jánio Miguel, para o segundo mandato, com 1.894 votos e ainda a servidora da Funsaud (a Fundação de Saúde tão criticada durante a campanha), Liandra Brambilla, com 1.806 votos.

O bolsonarista Mauro Thronicke, que disputou pelo PSL, marcou território com uma campanha quase ausente nas mídias sociais e somou 10.496 votos, mas não elegeu bancada na Câmara de Vereadores. Jeferson Bezerra, que aventurou-se pelo PMN com um discurso anti-corrupção, chegou a 344 votos.

O petista João Carlos ainda tem tentou reavivar os anos 2000 da geração Tetila, e atingiu 9.662 votos para a Prefeitura. Manteve o cargo o atual vice-presidente da Câmara, Elias Ishy, com 1.772 votos, pouco mais da metade da votação recebida há quatro anos (3.088 votos), agora seguido bem de perto pela nova revelação da legenda, a professora Gleice Jane, ex-presidente do Simted, o sindicato de professores do Município, que somou 1.762 votos.

O efeito camarão

O ‘efeito camarão’ atingiu em cheio, entretanto, o projeto eleitoral do deputado Barbosinha, que totalizou 31.650 votos diante da soma alcançada pelos candidatos dos nove partidos que integravam a coligação encabeçada por ele, de 65.914 votos. Apenas entre os 14 eleitos da coligação ‘Reconstruir é o desafio’ foram distribuídos 18.076 votos e o restante dos não eleitos somou 47.838 votos.

Essa constatação se confirma com a totalização dos votos dados ao prefeito eleito, vereador Alan Guedes, que somou 32.342 manifestações favoráveis nas urnas, enquanto a soma dos vereadores que integravam a coligação ‘Respeito por Dourados’ atingiu 6.397 votos, o que apenas garantiu a volta à Câmara da radialista Lia Nogueira, com 1.880 votos. O restante dos 34 candidatos a vereador que apoiaram Guedes somaram, juntos, 4.517 votos.

Veja como ficou a nova composição partidária da Câmara de Dourados (gráfico do portal UOL):

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