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Manoel Afonso

Amplavisão – PT, PMDB e PSDB, trigêmeos em apuros!

02 junho 2017 - 19h15

AGONIA Onde não tem escândalo por dinheiro? Ouvi de um sábio de plantão que come abelhas no café matinal – “neste ritmo o Silvio Santos acabaria ganhando as eleições para presidente”. O motivo: todos os brasileiros querem dinheiro. E culpar a herança portuguesa pela nossa conduta não vale.

US$ 5 MILHÕES Foi o que Joesley Batista (JBS) emprestou a Leonardo Mantega, filho do ex-ministro Guido Mantega, que aliás esqueceu de declarar US$ 600 mil depositados num banco no exterior. O mais surrealista; Joesley perdoou a dívida porque o ‘negócio’ de Leonardo não prosperou. E os portugueses têm culpa disso?

‘CHORUMELAS’ Aqui quem trabalha não tem tempo para fazer política. Antônio Ermírio de Moraes levou pau. Brasília tem a maior renda ‘per capita’ do país, 36,4% superior à de São Paulo e seis vezes à do Maranhão, que nos deu presidentes de estatais, do Senado, da República, além de ministros diversos.

SINAIS da crise: Demissão de domésticas e frentistas de postos de combustíveis; troca do óleo do motor do carro com o dobro da quilometragem; ônibus intermunicipais quase vazios; fuga dos planos de saúde; clubes sociais perdendo associados, sapatarias faturando com os fregueses da ‘meia sola’, corte de cabelo masculino a R$ 10,00.

RECADO “Sou político ficha limpa, que trabalha incansavelmente a favor de conquistas e melhorias para MS. No Conselho de Ética adotarei a mesma postura que sempre marcou minha vida pessoal e profissional. Vou agir com dignidade, justiça, bom senso e transparência...”

A DECLARAÇÃO do senador Pedro Chaves (PSC), indicado membro titular do Conselho de Ética (15 membros) do Senado, soa como a reafirmação de princípios e projeto político para 2018. Já ocupou espaço neste cenário árido e sequioso por gente qualificada, de currículo notável.

O DESAFIO do nosso Tribunal de Contas será estabelecer parâmetros justos para normatizar a concessão do pagamento de diárias dos vereadores em viagens. A corte reconhece: existem viagens justificáveis - mas existem aquelas com o objetivo único de ‘levar’ o dinheiro do contribuinte.

O TEMA é velho, motivou condenações judiciais em ações do Ministério Público Estadual. Mais cautelosos, vereadores interioranos tem vindo menos à Assembleia Legislativa para o ‘café amigo’. Dalí saem alegres com a certidão garantidora da verba extra. Ora! Aprendizes desta ‘feitiçaria’.

DÚVIDAS A simples emissão de nota fiscal de animais bovinos para abate, segundo os especialistas na área, não garantiria a lisura da iniciativa ou ato mercantil. Para um contador: “a nota pode estar incompleta propositadamente para ser recusada pelo frigorífico, sem penalidades fiscais ao produtor”. Venda fictícia segundo a nota.

A QUESTÃO das notas fiscais emitidas por vários personagens que gravitam o poder, travestidos de ruralistas, tem sido criticada nas mídias sociais. Afinal, sempre há o amigo ou vizinho íntimo das lides rurais distinguindo a esperteza neste episódio acobertado, mas não sepultado. Falta o romaneio, documento do frigorífico.

DESGASTE Como evitá-lo diante da situação constrangedora do senador afastado Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB e de Sergio de Paula, que agora gerencia o partido (PSDB) no Estado? Ambos estigmatizados, complicando o discurso tucano e os projetos para 2018.

EM BAIXA Foi uma semana onde os deputados estaduais do PSDB e PMDB se sentiram pouco à vontade para abordagem de alguns temas. Não tinha visto nada igual nesta legislatura. Alguns - estrategicamente – evitaram a imprensa ou pouco ficaram no plenário. Clima de funeral. E será que melhora?

‘FANTÁSTICO’ Expectativa quanto ao trabalho da comissão de parlamentares estaduais para investigar o governador Reinaldo Azambuja na delação de Wesley Batista, da JBS. Lembro: deu ‘pizza’ no caso envolvendo o deputado Paulo Corrêa (PR) ensinando o colega Felipe Orro (PSDB) a fraudar a lista de ponto. Por analogia...

SEMPRE falo dos observadores de plantão no saguão da Assembleia Legislativa. De ‘etnias’ diversas, cada qual olhando o cenário de ângulo diferente. Devem ser ouvidos sim para uma avaliação mais próxima da voz das ruas. Num ponto eles são unânimes: PT, PMDB e PSDB viraram trigêmeos em apuros.

IMAGENS convencem os mais céticos e com áudio são unanimidade. As cenas do tal encontro do pessoal do frigorífico entregando maços de dinheiro ao ‘Polaco’ seriam irrelevantes na análise do contexto geral da crise do governo estadual? O que a população pensa sobre o caso? É a pergunta.

NA TELEVISÃO vimos muitas cenas de flagrantes de entrega de dinheiro produto de corrupção. A primeira no episódio do Mensalão, uma mixaria perto dos milhões das propinas nos incentivos fiscais, estádios, obras das Olimpíadas, Copa e JBS. Fica difícil acreditar que esse dinheiro dos empresários dos frigoríficos seria destinado ao Asilo São João Bosco ou Hospital do Câncer.

‘PELEANDO’ A situação nacional reflete aqui. O Governo estadual lida em duas frentes: cortar gastos e negociar com mais de 15 categorias de funcionários clamando por aumento salarial e acenando com greve inclusive. A queda do ICMS do gás e das atividades que geram renda pesaram violentamente.

PREVISÕES Os funcionários vão intensificar as manifestações indo para as ruas e pressionando o Governo estadual. Um velho filme dirigido pelos dirigentes sindicais, craques em desgastar a imagem dos governantes. É aquela história: nunca se perde a oportunidade para levar vantagem política.

SEM RODEIOS Para o Secretário da Administração Carlos Alberto. de Assis os números do Governo não deixam dúvidas quanto as causas da crise econômica. Ele planeja montar, a partir de julho, uma equipe de monitoramento da arrecadação com a presença de representantes do funcionalismo inclusive. O secretário reafirmou a disposição de não fugir ao diálogo com os funcionários. Isso é bom.

O HOMEM? Foi difícil o papo de minutinhos com o Juiz Federal Odilon de Oliveira num supermercado da capital. Menos pelos agentes de segurança e mais pela insistência de pessoas em cumprimentá-lo efusivamente, como se ele fosse o aniversariante do domingo. Já os políticos - passaram por lá sem serem notados.

NA ÚLTIMA edição falamos que o prefeito Waldeli, de Costa Rica, pretenso candidato a governador pertence ao PR. Questionado sobre o fato, o deputado Eduardo Rocha (PMDB) retrucou sorrindo: “Ele é do PMDB – está só emprestado ao PR”. Esses partidos lembram Eduardo Cunha, Michel Temer, Sergio Cabral, Edson Giroto e Valdemar Costa Neto.

POLÊMICA na maioria das cidades, a taxa de iluminação pública ganha espaço na Câmara Municipal da capital. Ouvi do vereador Carlão (PSB) argumentos interessantes que envolvem o episódio iniciado lá atrás na gestão de Alcides Bernal (PP), que embora tivesse dinheiro em caixa, não executou a troca de lâmpadas.

“Ser chamado de “doutor” é uma das utopias mais fascinantes do brasileiro” (Nelson Rodrigues)

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