Ainda enfrentando os desafios da pandemia mundial do coronavírus, onde atuam na linha de frente ao combate dos efeitos da doença, grupo de trabalhadores do Samu (o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi surpreendido com a decisão do prefeito Alan Guedes (PP) de suspensão dos valores pagos a título de gratificação pelo serviço realizado à Saúde do Município.
A medida, anunciada por meio de CI (Comunicação Interna) assinada pelo secretário municipal de Administração, Vander Soares Matoso, determina a “suspensão imediata do pagamento de gratificação” desde sexta-feira (23) ao grupo de trabalhadores lotados no Samu.
Essa modalidade de incentivo foi instituída pelo ex-prefeito Murilo Zauith, em 2016, com a aprovação do PCCR (o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) para contemplar, exclusivamente, profissionais da carreira de nível médio em dois valores fixos: R$ 600 ou R$ 900, de acordo com a função ou o cargo estabelecido pelo concurso.
Um dos servidores afetado pela CI da Prefeitura disse ao site MSemFoco que essa gratificação corresponde, em alguns casos, “a um terço da nossa renda mensal” e que a suspensão imediata, e sem comunicação prévia, “traz preocupação e insegurança para todo o grupo”.
O Samu de Dourados atende, através da Central de Regulação, uma população de mais de 400 mil habitantes que compreende, além do município sede, as cidades de Ponta Porã, Naviraí e Nova Andradina. Os servidores vão se reunir nesta terça feira (27) para buscar uma audiência com o prefeito Alan Guedes, no sentido de tentar demovê-lo dessa iniciativa que só vem confirmar o caos da tragédia anunciada estabelecida na Saúde Pública em Dourados.