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Educação

Maioria de cursos de Pedagogia tem avaliação abaixo de 4 no País

16 dezembro 2018 - 11h10Por Terra

O número de cursos de Pedagogia no Brasil teve aumento de 85% entre 2002 e 2007 e, de 2008 até 2017, um aumento mais tímido: 3%, segundo dados do MEC. Embora essa proliferação de cursos possa parecer uma boa notícia, o economista e reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, afirma que é preciso ter cautela. "O aumento na oferta de cursos não está relacionado com formação de qualidade", alerta. O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) reforça a afirmação do professor. Em 2017, dos 1.212 cursos de Pedagogia no Brasil, 73% receberam nota abaixo de 4 no exame, o que é considerado abaixo da média.

O Brasil tem 2,2 milhões de professores atuando na Educação Básica. Segundo o Censo da Educação Superior de 2017, divulgado pelo Inep (o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 9,2% dos calouros - quase 300 mil universitários - ingressaram na Educação Superior se matriculando em um curso de Pedagogia.

Por outro lado, mesmo sendo a profissão mais numerosa do país, a carreira de professor não está mais entre as preferidas dos brasileiros. Há dez anos, o interesse dos jovens era de 7,5% - e hoje caiu para 2,4%, segundo dados do relatório Políticas Eficientes para Professores, da OCDE (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Uma pesquisa do Ibope Inteligência mostra ainda que metade dos docentes não recomenda a própria profissão. Para Pio Martins, um dos fatores que contribuem para esse desinteresse é o fato de a maior parte dos empregos estar no setor público e, no caso do Ensino Fundamental, com predominância das prefeituras e, em decorrência disso, os salários médios comparados com outras profissões são baixos, além da quase impossibilidade de progressão significativa na carreira e na escala de salários".

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