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Saúde

Douradense atua em programa de tratamento precoce da Covid no Paraná

08 janeiro 2021 - 11h48

O projeto Paraná Vencendo a Covid-19, que já atendeu 1.175 pessoas entre 23 de setembro e 8 de dezembro do ano passado, desenvolvido por médicos voluntários, com apoio da Universidade Filadélfia (Unifil), e contribuições da sociedade civil, apresenta resultados surpreendentes. De todos os pacientes que foram atendidos pela equipe de médicos e enfermeiros da Unifil, apenas um acabou falecendo. Todos os demais se recuperaram e, a maioria absoluta deles, sem necessidade de internação.

O projeto, que consiste no tratamento precoce da doença com um coquetel de medicamentos de baixo custo e acompanhamento diário dos pacientes, só foi possível, também, porque “a sociedade civil contribuiu generosamente com doações e estas foram revertidas em equipamentos de proteção individual aos profissionais e medicação aos pacientes, que nada pagaram pelos medicamentos ou atendimento”, conforme consta do relatório final dos trabalhos.

O médico Laércio Abrahão Ceconello, que é de Dourados, mas, atualmente trabalha no Paraná, plantonista em Londrina e Rolândia, disse que tem receitado os medicamentos desde março, sem qualquer intercorrência mais grave. De acordo com Ceconello, países que adotaram o tratamento precoce tem índice de mortalidade muito inferiores aos que não usaram o procedimento.

Mesmo no Brasil, segundo ele, é possível observar que a taxa de mortalidade é muito inferior entre cidades que adotaram o tratamento precoce e as que seguiram como protocolo a recomendação para o paciente esperar em casa a melhora ou a falta de ar, hipótese em que deve voltar à unidade de saúde. Ele citou como exemplo União da Vitória e Curitiba. "A capital tem uma rede hospitalar muito melhor, mas o índice de mortalidade é muito maior do que em União da Vitória, que adotou o tratamento precoce como protocolo de atendimento", disse o médico.

Para oferecer o tratamento precoce aos pacientes do projeto Paraná Vencendo a Covid, a equipe médica atendeu pacientes até no máximo o quinto dia do início dos sintomas, embora não tenha negado socorro àqueles que procuraram o ambulatório em estado mais grave.

Resultados

Dos 1.175 pacientes atendidos, 190 não foram tratados como pacientes contaminados por coronavírus, porque o diagnóstico foi afastado pela equipe. Os 985 pacientes restantes receberam tanto a prescrição do tratamento como a doação dos medicamentos, mas 10 deles não usaram os medicamentos. Dos 975 pacientes que usaram os medicamentos do tratamento precoce, apenas 11 foram internados, sendo 2 em UTI e 9 em enfermaria. Isso perfaz um índice global de internação de 1,1%; apenas 6 pacientes (0,6%) evoluíram para a fase 2B da doença, necessitando de oxigenoterapia. As outras 5 internações foram por motivos diversos ao acometimento pulmonar, de curta duração, sem necessidade de cuidados intensivos.