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Política

É preciso dizer a verdade para país recuperar confiança, diz Levy

08 outubro 2015 - 19h44Por Do G1/Douranews

O Brasil tem passado por uma crise de confiança em meio a indicadores econômicos negativos e um desgate entre o governo e o Congresso. No encontro internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Lima, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicou que a receita para a recuperação é sempre "dizer a verdade".

"A melhor maneira é ser claro com sua politicas, com os desafios e como chegar lá. A maioria das pessoas entende quando você está falando a verdade. Nas democracias, isso é fundamental", afirmou o ministro.

Recentemente, no que chamou de "novo ciclo de desenvolvimento", o ministro Levy afirmou que as medidas tomadas pelo governo fariam com que o Brasil crescesse de forma contínua, sem “voo de galinha”, ou seja, sem avançar para depois recuar.

Para tentar atingir as metas fiscais, o governo já anunciou aumento de tributos sobre combustíveis, automóveis, empréstimos, importados, lucros de bancos, exportações de produtos manufaturados, cerveja, refrigerantes e cosméticos.

Apesar de defender o equilíbrio das contas do governo com o ajuste fiscal, Levy declarou nesta quarta-feira (7) que a carga fiscal tem um limite e que o governo deve estar atento a isso. "Se por um lado a capacidade de tributação tem limites, a partir dos quais começa a prejudicar a atividade produtiva, por outro há expectativas concretas, legítimas, de provisão e melhora de serviços públicos", afirmou o ministro, durante abertura do V Congresso Internacional de Informação de Custos e Qualidade do Gasto do Setor Público, em Brasília.

Recessão
As perspectivas do Fundo Monetário Internacional sobre o desempenho da economia brasileira neste ano pioraram e os técnicos já enxergam uma retração de 3%, o dobro da estimativa anterior. A queda prevista é até mais intensa que a dos economistas do mercado financeiro brasileiro, que acreditam em um recuo de 2,85%.

O FMI estima ainda que a inflação no Brasil chegue a 8,9%, acima do teto da meta do  Banco Central, que é de 6,5%. Em relação às previsões dos economistas brasileiros, que veem uma inflação de 9,53% no final do ano, a estimativa do FMI é menos pessimista. Em setembro, de acordo com dado mais recente do IBGE, a taxa já está em 9,49%.

 

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