A produção de milho safrinha será recorde em Mato Grosso do Sul, com 8,73 milhões de toneladas. Um crescimento de 42,6% sobre o volume produzido nas lavouras do Estado no ciclo anterior, dados essses divulgado ontem pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
O resultado deveria ser considerado positivo, por trazer uma maior folga de abastecimento do produto, mas o montante vem procupando o agricultor em função da queda de preços, causada pela alta oferta do produto no mercado.
De acordo com Tânia Tozzi, analista de grãos da Rural Business Consultoria no Estado, há praças comercializando o milho por preços entre R$ 19 e R$ 20 a saca — mas como há um deságio, esse valor pago ao produtor pode estar ainda menor —, e a tendência é de baixa ainda mais os preços.
“No ano passado, quando não havia milho no mercado, tivemos preços pagos ao produtor de R$ 50, enquanto neste ano há um excedente do cereal. A tendência de queda dos preços realmente é negativa e isso é muito preocupante, não só para o produtor, mas também para o consumidor”, destacou.
