As cinco mulheres que foram presas, no sábado (8), por tráfico de pessoas e exploração sexual em Bonito não entregavam o dinheiro das vítimas imediatamente para evitar fugas. A informação é da delegada responsável pelo caso, Jennifer Estevan Araújo.
Jennifer explicou que a Polícia Civil foi acionada pelo Ministério Público para ir até a casa de prostituição, onde havia suspeita da exploração de adolescentes. O estabelecimento era comandado por mulher de 44 anos. Nenhuma garota foi encontrada no local.
Mas segundo a delegada, três paraguaias estavam no imóvel. Elas relataram que tinham sido trazidas de Pedro Juan Caballero para trabalhar e já estariam devendo dinheiro para a aliciadora.
Conforme os relatos, as mulheres receberiam R$ 130 a cada programa sexual. Deste total, R$ 30 ficaria com as donas da casa. Quando foram localizadas pela polícia,as vítimas ainda não tinham recebido nenhum pagamento porque a aliciadora tinha medo de que elas voltassem para o Paraguai.
“Essas mulheres já foram indiciadas pelo mesmo crime. Elas já têm passagens”, explicou a delegada, se referindo as aliciadoras. Segundo Jennifer não houve flagrante, mas as investigações continuam. “O nosso objetivo é conseguir investigar o mais rápido possível para ver se essa punição vem mais rápido”, completou.
O caso
Cumprimento de mandado de busca, concedido pela Justiça Estadual, resultou na prisão de cinco mulheres por tráfico internacional de pessoa. Elas são investigadas pela prática de exploração sexual em boate na zona rural de Bonito. Três mulheres paraguaias foram encontradas no local.
De acordo com o boletim de ocorrência, a casa de prostituição era comandada por uma mulher de 44 anos. Ela ainda trabalhava com outras quatro pessoas, com idades entre 31 e 37 anos.
As vítimas encontradas na casa de prostituição têm 25, 35 e 47 anos. Elas foram liberadas depois da operação da Polícia Civil, que contou também com ajuda de policiais militares.