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Carne e combustível etanol puxam inflação para cima em Campo Grande

14 novembro 2016 - 18h54

A inflação fechou em 0,33%, no mês de outubro, em Campo Grande, sendo impulsionada principalmente pelo grupo de transporte e vestuário.

Alcatra, Etanol, Laranja Pera e Frango congelado estão entre os dez produtos que mais contribuíram para aumento da inflação, no mês de outubro, em Campo Grande, conforme pesquisa divulgada hoje pela Uniderp.

Segundo dados da pesquisa, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) fechou em 0,33% no mês passado, valor 0,07% superior ao mês de setembro, quando ficou em 0,26%.

A alcatra que, teve aumento de 14,60% contribuiu em 0,17% para a inflação. O Etanol ficou 8,35%  mais caro e contribuiu com 0,15%. Laranja pera, com aumento de 17,02%,  participou em 0,03% no índice.

Quando se analisa o índice por grupos, os que mais tiveram influência no aumento da inflação foram: Transportes, com aumento de 1,60% e contribuição de 0,13%, Vestuário, com alta de 1,21% e colaboração de 0,10%, e Habitação com 0,11% e participação de 0,04%.

O pesquisador e coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), Celso Correia de Souza, explica que “A alta do combustível etanol pesou no índice de outubro, mas ainda assim as perspectivas da inflação para os próximos meses são boas, pois temos registrado um comportamento de percentuais mais baixos que as variações mensais do ano passado”.

Ainda segundo ele, “Com a melhora do clima, que tem favorecido a produção de cereais, hortifrutícolas e leite, baixando seus preços, a tendência é que o grupo Alimentação não aumente em grandes proporções nos próximos meses e ajude a segurar o índice inflacionário até dezembro. Poderá haver alta, porém, não de grande impacto”.

ACIMA DO TETO  

Em comparação com acumulado nos últimos 12 meses, a inflação teve redução de 8,99% para 8,30%, mas ainda está acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No acumulado de 2016, a inflação já atinge 6,19%, ultrapassando o centro da meta do Conselho Monetário Nacional . Registraram os maiores índices nesse período: Educação (10,02%), Alimentação (7,71%), Despesas Pessoais (7,96%) e Saúde(7,13%).

“Percebe-se, que a inflação tem impactado com mais força as classes de menor poder aquisitivo, que priorizam a alimentação nesse período de dificuldade”, complementa o professor.

Outros “vilões” da inflação, em outubro, foram:

Frango congelado, com variação de 4,32% e colaboração de 0,05%;

Tomate, com acréscimo de 13,62% e contribuição de 0,03%;

Azeitona, com aumento de 14,20% e participação de 0,02%;

Maisena, com variação de 52,90% e colaboração de 0,02%;

Maçã, com acréscimo de 8,84% e contribuição de 0,01%;

Carne seca/charque, com reajuste de 7,65% e participação de 0,01%;

Óleo de soja, com elevação de 2,93% e colaboração de 0,01%.

IPC/CG

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O IPC busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.