Uma comissão de vereadores de Campo Grande suspendeu reunião desta quarta-feira (18), que daria prosseguimento aos trabalhos que apuram a suspeita de desvios financeiros na previdência do Município. O motivo alegado é a não entrega de documentação solicitada ao IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), cujo prazo vence na próxima semana.
Dentro do instituto, quatro funcionários separam os livros fiscais solicitados, de 2010 a 2016, e pelo menos 10 caixas já ocupam uma das salas. Em ofício enviado ao IMPCG, os parlamentares dão prazo de 15 dias para que a diretoria apresente a movimentação fiscal dos últimos sete anos.
Apesar de curto, o prazo deverá ser cumprido, de acordo com o diretor-presidente, Lauro Davi. "Desde que chegou o ofício, estamos mobilizados com isso e no que depender de nós será plenamente possível entregar tudo até o fim do mês", afirmou Lauro. O problema, segundo ele, refere-se aos anos de 2010 e 2011, quando os arquivos ainda não eram digitalizados.
Lauro acrescenta que tudo será entregue em cópia física, "xerocada", conforme solicitado. O ex-deputado e fundador da Cassems, entidade que presidiu por duas gestões, assumiu o comando do instituto há poucos dias e disse que se o pedido fosse referente à gestão dele, "poderia garantir que estaria tudo correto". Ainda assim, Lauro Davi garante que "tudo que for solicitado será entregue".