Morreu na madrugada deste sábado (10), em Dourados, César Gomes de Matos, o ‘Seo César’ como era conhecido um dos fundadores da Casa Nordestina, berço para o surgimento do CTN (o Centro de Tradições Nordestinas) na cidade. Ele estava internado, em tratamento, há mais de 50 dias, mas não resistiu, e veio a óbito também em consequência do coronavírus, conforme repercute o site GazetaMS.
“Seo” César era muito conhecido na cidade, principalmente na região da Rua Monte Alegre no Jardim Paulista. A Casa Nordestina era um dos locais muito frequentados pela sociedade douradense e da região. Lá era possível encontrar pratos típicos e forró nos fins de semana.
César chegou a Dourados na década de 70, com a mulher Antonia Modesto Matos, e filhos, trazendo na bagagem a força de trabalho e defesa da cultura. “Quando chegamos nesta região, as pessoas não conheciam nada do Nordeste, principalmente a comida, diziam que a carne de bode era doce. Foi a partir daí que surgiu a vontade de apresentar as pessoas a nossa cultura e, principalmente, a nossa comida”, contou ela ao site.
A Casa Nordestina abria uma vez na semana, com muito forró pé de serra, e era servido buchada de bode também uma vez ao mês, até como parte do processo de educação culinária dessa região para a comida típica, o que, em princípio, ‘Seo César’ achou que não daria certo, mas com a insistência da mulher, resolveu arriscar e criou uma identidade local.
