Preso por conta de outra operação – “Uragano” (furacão, em italiano), Artuzi afirmou desconhecer o esquema que supostamente estaria envolvido, conforme consta na Owari. Também foram interrogados o vice-prefeito Carlinhos Cantor e o vereador Sidlei Alves, que também disseram desconhecer os fatos.
Na operação Owari (ponto final, em japonês), a PF prendeu 42 pessoas, entre as quais empresários servidores públicos e políticos como vereadores de Dourados e os vice-prefeitos de Dourados e Ponta Porã, sendo que nenhum dos implicados está preso.
Embora a imprensa não tivesse acesso aos depoimentos de hoje, o procurador de Justiça João Albino Cardoso Filho, que acompanhou os interrogatórios, disse que os implicados nos caso negaram qualquer participação na trama.
Ele revelou ainda que o depoimento de Ari Artuzi, hoje detido no presídio federal, em Campo Grande, durou meia hora. Artuzi disse não ter praticado nenhuma irregularidade.
Para desmantelar a quadrilha durante a Owari, a PF recorreu à quebra de sigilo telefônico, rastreou e-mails e até diálogos por MSN.
De acordo com o procurador, a corte estadual deve marcar agora a data dos depoimentos das testemunhas de acusação. “A partir dessas audiências é que podemos formular hipóteses”, disse João Albino, quando questionado sobre o peso judicial da negativa dos implicados.
Presos desde setembro sob acusação de diversos ilícitos apontados pela Operação Uragano, Ari Artuzi, Carlinhos Cantor e Sidlei Alves, além de mais dez vereadores, secretários, empresários e empresas aguardam ainda o desenrolar deste processo que investiga um esquema de corrupção por meio de direcionamento de licitações públicas.