“É um direito da população ter saúde de qualidade e estamos trabalhando para garantir isso. Não podemos permitir que pessoas passem dois, três anos na fila esperando por uma cirurgia, sofrendo sem atendimento”, afirmou ela, durante visita ao Hospital da Mulher.
Os secretários municipais de Saúde, David Vieira, e de Comunicação, Clovis de Oliveira, e o líder da prefeita na Câmara, vereador Albino Mendes, acompanharam Délia Razuk na visita ao hospital. Também estavam presentes os técnicos da Secretaria de Saúde que trabalham na organização da campanha.
A campanha de cirurgias, que na primeira etapa vai atender de 180 a 200 pacientes com problemas ginecológicos, começou com uma operação de histerectomia em uma paciente de 39 anos, com miomatose (mioma no útero). A cirurgia foi feita pelo médico Damacir Iácomo, diretor-técnico do hospital.
A paciente aguardava pelo procedimento há um ano e dois meses. David Vieira explicou que, embora outras pacientes estejam na fila há mais tempo, ela foi a primeira a ser atendida por causa da gravidade do caso. “A campanha vai priorizar os casos mais graves, em que a paciente não pode mais esperar”, declarou.
Na próxima semana devem ocorrer de duas a três cirurgias por dia. A meta da prefeitura é realizar pelo menos 30 cirurgias ainda neste ano. Conforme o secretário, Dourados tem pelo menos mil cirurgias represadas em todas as áreas médicas. Após a campanha dos casos ginecológicos, devem ser realizadas cirurgias nas áreas de oftalmologia e otorrinolaringologia.
Medida extrema
A prefeita Délia Razuk afirmou que a campanha para realizar cirurgias represadas é uma medida extrema e emergencial adotada pela administração para atender os casos mais graves. “Essas pessoas não podem mais esperar pelo atendimento. Tínhamos que fazer alguma coisa e urgente. São pacientes que sofrem há muito tempo, que não aguentam mais esperar pela cirurgia”, afirmou.
Segundo ela, o ideal é que o sistema de saúde funcione normalmente para evitar que essas cirurgias fiquem represadas. A prefeita anunciou que a administração está tomando providências para regularizar o sistema de saúde, entre as quais melhorar o atendimento básico oferecido pelas unidades nos bairros.
