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Futebol

Cronistas esportivos questionam exclusividade de transmissão com TV

02 novembro 2016 - 21h25

A Acems (Associação de Cronistas Esportivos de Mato Grosso do Sul) quer mudança no contrato de transmissão dos jogos do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol na TV. A entidade que representa os cronistas teme que a exclusividade concedida TV Morena, como consta no documento enviado para a análise dos times para a transmissão, venha a causar problemas no futuro, e que as emissoras de rádio sejam impedidas de transmitir os jogos do Estadual.

Este ano os clubes que disputam a primeira divisão do futebol estadual estão discutindo novamente com a FFMS e com a TV Morena o direito de transmissão de cerca de 20 partidas ao vivo da competição e em uma das cláusulas consta também a exclusividade da transmissão por meio de radiodifusão. Aí está um dos pontos em que a Acems não concorda, já que poderá causar embaraço. O contrato de direito de transmissão de TV deve ser assinado nos próximos dias.

Na semana passada, o presidente da Associação de Cronistas do Estado, o jornalista douradense Antonio Coca, esteve reunido com os presidentes de clubes da Série A e da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, quando demonstrou essa preocupação. Coca apelou para que a cláusula seja retirada e disse que a transmissão pela TV representa um avanço para o futebol estadual, mas não pode ser feito com o sacrifício das emissoras de rádio que nos últimos 30 anos foram a maior forma de divulgação dos clubes estaduais. “E se de uma hora para outra o detentor dos direitos de transmissão definir que as emissoras não poderão mais transmitir ou terão que pagar para fazer isso? Não podemos ficar nesta dependência e essa exclusividade da radiodifusão não poderia sequer ter sido discutida”, ponderou ele.

Pelos menos oito presidentes de clubes fizeram compromisso verbal com a Acems de que não assinarão o documento se a exclusividade permanecer, já que entendem e reconhecem que as emissoras de rádio prestam um grande serviço para o esporte de Mato Grosso do Sul, em especial ao futebol. O presidente do Águia Negra de Rio Brilhante, por exemplo, Iliê Vidal Júnior, disse que sem as emissoras que cobrem o dia a dia das equipes e levam o público ao estádio quem vai perder é o torcedor e que não assina nada que for prejudicar as rádios e seus profissionais. O presidente da equipe do Chapadão, Félix da Silva, também hipotecou solidariedade aos cronistas e disse que não fará nada que vá prejudicar quem sempre ajudou na divulgação do futebol.