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MS ganha capacidade para pólo exportador de energia da cana

27 agosto 2010 - 20h24Por Redação Douranews

A partir de 2015 o Mato Grosso do Sul será um grande produtor de energia elétrica extraída da queima do bagaço e da palha de cana, reunindo condições para se tornar auto-suficiente na produção de energia com excedente para garantir o suprimento de outros estados. Em cinco anos as usinas de álcool estarão produzindo 1 milhão e 200 mil megawatts, 145% a mais do que o consumo estadual. Ou seja, por essas projeções haverá oferta de energia da biomassa suficiente para atender toda a demanda de Mato Grosso do Sul (equivalente a 500 mw) e projeta-se um excedente de 700 megewatts.

 

De acordo com a assessoria do Governo de Mato Grosso do Sul, o governador André Puccinelli concedeu incentivos fiscais diferenciados, com isenção de 90% do ICMS para as usinas que tenham o ciclo completo de produção (álcool, açúcar e energia). O Governo federal também incluiu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a implantação de linhas de transmissão e 471 quilômetros de rede coletoras para conectar as usinas às linhas de transmissão do sistema nacional. R$ 600 milhões são investidos no projeto que terá uma extensão de 820 quilômetros.

 

Atualmente, as 21 usinas em funcionamento no Estado produzem 250 mw, mas só 10 comercializam o excedente, equivalente a aproximadamente 130 megawatts, por falta de redes coletoras de conexão às linhas de transmissão do sistema nacional. A usina São Fernando, de Dourados, por exemplo, se habilitou esta semana, em leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a vender 180 mw de energia de biomassa a partir do ano que vem, com previsão de chegar em três anos a 350 mw.

 

A Usina Eldorado, de Rio Brilhante, vai começar vendendo 12 mw para chegar em 2013 a 59 mw e a de Angélica disponibilizará 150 mw. Em todo o País, só 33 projetos conseguiram habilitação junto a Empresa de Pesquisa Energética. As usinas vão receber R$ 154,25 pelo quilowatt/hora. Entre as usinas que estão vendendo o excedente de energia, a LDC Bioenergia de Rio Brilhante exporta 40 MWh, com previsão de atingir 60 MWh em dois anos, enquanto a Usina Pasatempo (do mesmo grupo) também deve aumentar sua potência instalada para 60 MWh.

 

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