Os deputados estaduais Felipe Orro (PSDB) e Paulo Corrêa (PR) são inocentados pela Assembleia Legislativa no processo de fraudar a folha de ponto de “funcionários fantasmas”. Mesmo assim, a decisão de absolvê-los será encaminhada ao procurador-geral de Justiça Paulo Passos para anexar ao procedimento de investigação instaurado pelo MPE (Ministério Público Estadual).
“Na visão do corregedor-geral da Assembleia, deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB), não houve quebra de decoro, então encaminharemos para o MPE assim que acabar o recesso”, explicou o presidente da Casa deputado estadual Junior Mochi (PMDB). “O procurador-geral está investigando o caso. Não temos mais informações, pois ele está em reunião”, informou a assessoria do Ministério Público ao jornal Correio do Estado.
Os deputados foram investigados devido ao retorno de uma ligação telefônica de Felipe Orro para Paulo Corrêa, que o orientou a burlar a folha de ponto dos funcionários lotados no gabinete. Orro ligou de aparelho do pastor Jairo Fernandes, mas não imaginava que a conversa estava sendo gravada.
No diálogo, Corrêa manifestou a sua preocupação sobre a divulgação de uma matéria da Rede Globo relacionada a fraude em folha de ponto em gabinetes de deputados por todo o Brasil. Durante a ligação, o deputado do PR Corrêa instruiu o tucano a fazer uma folha de ponto fictícia para controlar a frequência dos funcionários. “Eu sou inocente, pois na própria gravação demonstrou que não estou entendendo muito do assunto”, justificou Felipe, anteriormente.
Com base na gravação do telefone do pastor, três advogados, Ilmar Renato Fonseca, João Cyrino e Fábio Lechuga Martins entraram, ainda no ano passado, com pedido de investigação no Ministério Público contra os deputados. Por isto, a Assembleia adotou a cautela para deixar o Ministério Público apurar melhor o caso, segundo o jornal.