A JBS poderá ser condenada a ressarcir o governo do Estado em mais de R$ 200 milhões se a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa conseguir comprovar irregularidades fiscais da empresa em Mato Grosso do Sul.
"Esse valor pode ser bem maior, pois os R$ 200 milhões se referem apenas ao primeiro TARE (o Termo de Acordo de Regime Especial)", disse o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR). Ele disse também que o valor do investimento cedido à empresa, no primeiro acordo, foi de R$ 90 milhões. "Porém se forem comprovadas as irregularidades teremos correção monetária e multa", explicou Corrêa, em reportagem do jornal Correio do Estado.
O deputado e vice-presidente da CPI, Eduardo Rocha (PMDB), encaminhou requerimento ao MPF (Ministério Público Federal) solicitando detalhamento do acordo de leniência que os donos da JBS, Wesley e Joesley Batista, fizeram com a União. O valor do acordo de ressarcimento entre a empresa e a União é de R$ 10,3 bilhões.
De acordo com o vice-presidente da CPI, há "fortes" indícios de irregularidades praticados pela JBS. Nesta quarta-feira (16) comissão de deputados visita a planta da unidade em Ponta Porã “e analisaremos 330 notas", informou o parlamentar.
