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Política

Secretário interrompe vereador durante sessão para comunicar ‘facão’ de Alan Guedes

02 setembro 2021 - 11h34

O secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica da Prefeitura de Dourados, professor Henrique Sartori de Almeida Prado, nem esperou terminar a sessão em que, em tese, o prefeito Alan Guedes (PP) iria precisar do apoio do vereador em matéria considerada como ‘a salvação’ do mandato, até aqui incipiente após oito meses de duração, para informar ao arquiteto Rogério Yuri (PSDB) que a edição do Diário Oficial desta quarta-feira (1) viria recheada com os nomes de servidores aliados, ou próximos, do parlamentar na lista de exonerações.

E foi o que de fato aconteceu. Mais tarde, na página da Prefeitura pela internet, era possível conferir que boa parte dos servidores, alguns com mais de sete anos de atividade na gestão pública, bem antes de o vereador ter estreiado na vida pública, foram exonerados sob a ‘pecha’ de integrarem o grupo político de Yuri, eleito para o primeiro mandato na Câmara em novembro do ano passado.

De acordo com o que o DOURANEWS apurou, o secretário Henrique Sartori ligou no celular do vereador, pouco antes de o Legislativo iniciar a apreciação de projeto em que o prefeito pede autorização da Câmara para contratar um financiamento junto ao Fonplata da ordem de 40 milhões de dólares, para dizer que “não deu para segurar” a publicação da lista com as exonerações de dezenas de servidores nomeados na estrutura da Prefeitura. Ou seja, Sartori admitiu que ‘falhou’ como interlocutor político.

Foi a forma de retaliação encontrada por Alan Guedes ao voto contrário de Rogério Yuri, na semana passada, ao projeto que criou a ‘taxa do lixo’, cobrança em que o prefeito espera juntar mais R$ 31 milhões ao Orçamento municipal de 2022, enquanto sacos pretos se acumulam em vários pontos da cidade e verdadeiros depósitos de resíduos de construção e faxina doméstica são encontrados em áreas da periferia. Outros vereadores que votaram contra a criação do novo tributo também foram atingidos pelo ‘facão’ do prefeito e de Sartori.

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