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Saúde

Conselho é contra presença de farmacêuticos em clínicas veterinárias

26 setembro 2017 - 18h38

Preocupado com o fato de que algumas Vigilâncias Sanitárias dos Estados e Distrito Federal estarem exigindo a presença de farmacêutico em estabelecimentos veterinários que utilizem “produtos que exigem controle especial” da linha humana, o CFVM (Conselho Federal de Medicina Veterinária) se reuniu, em agosto, com o diretor de Regulação Sanitária da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Renato Alencar Porto, para debater a questão apresentar os argumentos do Conselho sobre essa exigência.

Na quarta-feira (20) passada o CFMV enviou um oficio à Anvisa, onde solicita “a adoção das medidas suficientes à padronização, em âmbito nacional, da fiscalização de modo a afastar a presença do profissional farmacêutico em estabelecimentos veterinários, mesmo quando esses locais empregam produtos que exigem controle especial da linha humana”. De acordo com o CFMV, não há nenhuma justificativa que concorra para tal, ou seja, que beneficie o médico veterinário ou o paciente animal. O CFMV ressalta que, nesses locais, é obrigatória a presença de um médico veterinário como responsável técnico.

Para o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda, a exigência de farmacêutico como RT (responsável técnico) em hospitais e clínicas veterinárias é “demonstração de total e absurda falta de conhecimento do campo de atividades das diversas profissões”.

“Essa exigência por parte de algumas Vigilâncias Sanitárias dos estados está dotada de agressão constitucional, ao tentar impedir o livre exercício do médico veterinário de atividades que lhe são privativas. Estamos atentos a toda e qualquer invasão no campo exclusivo do médico veterinário, qualquer que seja outra profissão ou área de conhecimento", declarou Arruda.

No texto enviado, o CFMV exemplifica e ratifica seu posicionamento. Dentre vários outros argumentos, o Conselho expõe o fato de o farmacêutico não ter autorização de realizar a dispensação de medicamentos aos pacientes veterinários, já que essa é uma competência exclusiva do médico veterinário. “Esse profissional, além de não ser autorizado por lei, não possui formação específica, tanto básica como aplicada, nas diversas disciplinas (como, por exemplo, anatomia veterinária e fisiologia veterinária, patologia veterinária e, principalmente, a farmacologia aplicada à Medicina Veterinária), as quais estão contempladas somente na grade curricular do curso de Medicina Veterinária”, descreve o ofício.

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