Menu
Buscarquinta, 25 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
23°C
cmd participa
Brasil

Justiça determina soltura de cinco dos 15 presos suspeitos de participação no assalto no Paraguai

27 abril 2017 - 13h24Por RPC Foz do Iguaçu

A Justiça mandou soltar cinco dos 15 presos suspeitos de participar do mega-assalto que aconteceu no Paraguai, na segunda-feira (23). Desses, pelo menos três já deixaram a cadeia. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF).

A PF não deu detalhes sobre as decisões judiciais que determinaram a saída dos suspeitos. Segundo as investigações, acredita-se que 50 pessoas participaram do crime em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.
Os ladrões levaram uma quantia estimada em R$ 120 milhões. Desse total, a polícia brasileira já conseguiu recuperar cerca de R$ 4,5 milhões, em notas de real, dólar e guarani.

Veja a lista completa de itens apreendidos até o momento:

15 presos (segundo a PF, a Justiça mandou soltar cinco deles)

3 mortos

7 fuzis

1 pistola

2 coletes balísticos

R$ 219.450,00

G$ 733.640.000,00

US$ 1.275.030,00

2 embarcações

7 quilos de explosivos

Líder

Autoridades do estado de São Paulo informaram que o crime foi planejado por Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue. Ele está foragido desde o início de 2016 depois de receber liberdade provisória em um dos processos a que responde na Justiça. Depois disso ele foi novamente condenado. Segundo a polícia, Gegê fugiu para o Paraguai para reunir a quadrilha e comandar a ação.

Organização criminosa

O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, acredita que as primeiras evidências e a metodologia do mega-assalto à empresa Prosegur, em Ciudad del Este, podem ser atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A declaração foi dada ao jornal ABC Color, na segunda.
“Tudo aponta que são integrantes do PCC", disse ele em entrevista. De acordo com o veículo, é a primeira autoridade que atribui o feito à facção criminosa do Brasil.

Lezcano assegurou também que os brasileiros tiveram apoio dos paraguaios, com um arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional. Ele ainda afirmou ao jornal que é a primeira vez que ocorre uma situação do tipo na região e citou pelo menos dois casos parecidos no Brasil em que a polícia também foi encurralada.

O assalto

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os ladrões fortemente armados invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur. Eles explodiram a entrada da empresa e trocaram tiros com vigilantes. A ação durou aproximadamente três horas e eles fugiram com dinheiro.
Um policial paraguaio que estava em um carro em frente à empresa foi morto pelos bandidos.

A sede da empresa fica a 4 quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, no oeste do Paraná.
E, nesta quarta (26), os funcionários da Prosegur voltaram ao trabalho. O local estava interditado por causa dos estragos causados pelas explosões durante o roubo. As aulas, que estavam suspensas desde segunda, também foram retomadas.