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Opinião

Plano de saúde: para que serve mesmo?

01 setembro 2010 - 11h35Por Silva Júnior
“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todos”

– Salmos 34:20

 

Em tese um projeto de plano de saúde nasce para trazer pouco mais de segurança ao conveniado. Pelo menos, essa deveria ser em tese a premissa desse empreendimento, sim, um “grande” empreendimento pelo valor mensalmente pago. Mas o que se vê ultimamente é algo repugnante, o descaso como o cidadão conveniado vem sendo tratado. Agente observa fatos horripilantes ocorrerem em outros locais e nunca imaginamos passar pelo mesmo vexame. Mas, não é bem assim. Outro dia, nossa filha de oito anos de idade apresentou certo desconforto, com um quadro de vômito e diarréia, fato corriqueiro, possivelmente provocado pela baixa umidade relativa do ar, necessitando de pronto atendimento, mas o que se viu foi um total descaso, inclusive, com insinuações de que se fosse consulta particular, dar-se-ia um jeito de “encaixar”.

Um tratamento humilhante para quem mantém religiosamente em dia o pagamento das altas mensalidades, inclusive com desconto direto na folha de pagamento. Um tratamento bem diferente quando procurados com promessas mirabolantes em termos de cobertura individual e coletiva, ou seja, para toda família, oferecidos por esse segmento antes de assinar contrato.

Mas, continuando, mesmo tendo em vista a urgência do atendimento pelo quadro apresentado, no balcão do hospital, um dos mais antigos da cidade, fomos simplesmente informados que no período da manhã não há atendimento pediátrico, como se quisessem dizer “se vira”. Era por volta das 8h e esta foi a resposta já grosseira da atendente ao ser questionada sobre a situação da criança, a qual ainda quis insinuar que se quiséssemos que voltássemos às 16h30.

Ora se a criança apresentava estado debilitado naquele momento, será que teria forças para suportar mais de oito horas para receber atendimento?

Fiquei indignado, impotente e revoltado, saí dali e imediatamente fui para outro lugar em busca de atendimento. No trajeto comecei a refletir sobre o descaso apresentado pelo governo com a saúde pública e não é de agora a chiadeira que campeia sobre o papel desse grupo formado para agilizar emergência, mas que na verdade se mostra muitas vezes de forma inócua e sem comprometimento e a respeito dos milhares de clientes de Planos de Saúde que todos os dias passam por esta desconsideração e praticamente não tem a quem recorrer, pois a incompetência, descaso, desrespeito imperam entre todos os envolvidos.

Falei com dois pais de famílias sobre o acontecido e para minha surpresa, desagradável, descobri que não fui a única vítima. A dignidade não tem preço. Atenção e respeito cabem em qualquer situação, é inaceitável que gente de bem seja totalmente destratada por quem quer que seja. Algo precisa ser feito urgentemente na saúde pública e privada brasileira a favor do “contribuinte”, para não se correr o risco de descambar para falta de decência nos mais diversos segmentos sociais. Não podemos sob hipótese alguma ficar calados frente a um descalabro desses. O cidadão que cumpre com suas obrigações tem que receber tratamento diferenciado sim.

Chega. Ninguém agüenta mais. A banalização anda a passos largos. Tem que ser freado. A nação pede socorro. Vamos procurar nossos direitos: Ministério Publico Estadual, Federal, Procon, Ouvidoria, Imprensa e o que for preciso para tentar coibir o fantasma do jeitinho nojento de tentar ludibriar ou acobertar irresponsabilidades.

No popular, o brasileiro é bonzinho e não reclama dos seus direitos, estou iniciando por vocês minha divulgação sobre os problemas com o meu plano de saúde, que aliás, não é a primeira vez que me traz aborrecimentos, para que os demais clientes ao adquirir planos de saúde, tenham cuidado, abram os olhos, pois quando você mais precisa, te deixa completamente desencantado, perdido e sem ter ninguém a quem recorrer. Problemas acontecem, mas o que não pode acontecer é a falta de respeito, descaso, deixando o cliente com a sensação de que é a pior assistência médica, tendo que recorrer ao particular e até mesmo ao SUS. Isso é um absurdo!” ...

O autor é Jornalista – Formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran)

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