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Opinião

O Deficiente Auditivo

16 setembro 2010 - 12h43Por Ademir Garcia Baena

ademir_baena_colunaAté há algum tempo atrás, as pessoas que apresentassem Deficiência Auditiva, eram colocadas à margem da sociedade, excluídas de todos os direitos e obrigações de cidadania. Eram tidas até como incapacitadas para o pensamento e para a aprendizagem, como se não pensassem, não tivessem sentimentos e pontecialidades.

Consequentemente não havia comunicação entre o mundo silenciosos, muitas vezes solitários dos surdos e o mundo sonoro dos não surdos.

Felizmente esta imagem mudou, a sociedade compreendeu que o surdo não só podia ser educado como também se tornar um indivíduo economicamente e socialmente produtivo.

Atualmente através de estudos, pesquisas desenvolvidas, utilizam-se de Avaliações Audiológicas, onde se pode detectar e até acreditar que existe presença de restos auditivos, que vai permitir chegar a uma possível integração social do deficiente auditivo.

O deficiente auditivo é tido como uma pessoa difícil: sua performance emocional geralmente descreve um quadro de comportamento hiperativo, caracterizado pela falta de compreensão e integração com o meio, possuindo assim uma personalidade dependente.

Sua linguagem apresenta-se pobre, pois desde a 1ª infância o bebê quando emite seus primeiros sons, não consegue ouvi-los, e assim não é motivado a repeti-los, o que acaba interrompendo o processo de desenvolvimento de fala.

Isso tudo compromete o seu potencial intelectual, que depende de umas estimulações qualificadas, enfatizando precocidade, metodologia e capacidade profissional adequada.

Graças ao desenvolvimento da tecnologia e somada à metodologia científica, pode-se amplificar o conteúdo do maravilhoso mundo sonoro.

Atualmente podemos contar com o auxilio do aparelho auditivo, que por si só não chega a substituir com perfeição o nosso sistema auditivo, porém quantifica os déficits presentes, permitindo desta forma, que o deficiente tenha sua função auditiva estimulada.

Mas para que isto ocorra é necessário um minucioso e adequado trabalho de profissionais capacitados, além de recursos e materiais específicos.

Um ouvido protetizado não significa um ouvido reabilitado, mas que pode ser reabilitado, necessitando para tal um treinamento auditivo eficaz e absoluto, cercando o deficiente de todas as condições que possa favorecer e desenvolver o seu real potencial.

Para que isto se torne uma realidade prática, sera sempre indiscutível o trabalho do fonoaudiólogo e a integração deste com a família, escola e outros profissionais de áreas afins, permitindo ao indivíduo compreender o mundo através da audição e poder se expressar por meio da fala, comunicar suas idéias, seus sonhos e suas emoções.

O autor é Fonoaudiólogo