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Filha de Fujimori pede a renúncia do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski

07 março 2018 - 13h05Por France Presse

Keiko Fujimori, líder do partido de oposição Força Popular, pediu ao presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski que renuncie antes que o Congresso debata um novo pedido de impeachment relacionado a supostos casos de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.

O novo pedido de destituição contra Kuczynski, de 79 anos, inclui novas denúncias de sua suposta relação com a Odebrecht, como a de que teria recebido 300 mil dólares para sua campanha de 2011, o que o presidente nega.

"Diante desta situação tão complexa, com sérios questionamentos contra o presidente da República, acredito que deve se afastar. Eu acredito que Pedro Pablo Kuczynski deveria renunciar", disse Keiko Fujimori em entrevista ao canal ATV. Keiko Fujimori foi derrotada na eleição que levou Kuczynski ao poder em 2016.

Fujimori disse que a renúncia de Kuczynski permitiria ao vice-presidente Martín Vizcarra assumir o governo e completar o mandato de cinco anos, que termina em julho de 2021.

O partido Força Popular deve anunciar nesta quarta-feira (7) se apoia o novo pedido de vacância apresentado por dois partidos de esquerda.

A filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, que recebeu indulto de Kuczynski no Natal, afirmou que seu partido não pede novas eleições e defendeu uma eventual gestão de Vizcarra.

Na semana passada, o ex-representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, afirmou em São Paulo a procuradores peruanos que a empresa destinou 1,2 milhão à campanha de Keiko Fujimori em 2011, o que ela nega.

Kuczynski evitou um pedido de afastamento em 22 de dezembro, quando um pedido de vacância apoiado pela Força Popular não obteve o número de votos necessário.

Na votação de dezembro, o presidente peruano recebeu o apoio fundamental de Kenji Fujimori, irmão de Keiko, que conseguiu convencer 10 deputados da Força Popular a votar contra a destituição. Este grupo se afastou do partido de Keiko e acabou com a maioria parlamentar que a formação tinha até então.

Em seguida, o presidente anunciou um polêmico indulto humanitário para o ex-presidente Alberto Fujimori, que cumpria uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade.