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Morte de Kirchner pode mudar rumos da Argentina

28 outubro 2010 - 16h47Por Redação Douranews, com Agência Reuters

A número de argentinos que se aglomeram em filas diante da Casa Rosada demonstra o quanto Nestor Kirchner era admirado pela população de seu país. Além da população alimentar um sentimento de orfandade, Cristina Kirchner, presidente e esposa, fica privada do sem aliado mais importante.

Nestor Kirchner era apontado como forte candidato a voltar à Casa Rosada nas eleições que acontecerão em 2011. Com  sua morte a possibilidade de que Cristina - cuja popularidade nas últimas pesquisas era maior que a do marido - tente a reeleição se torna mais forte.

Nos mercados internacionais, a cotação de títulos e ações do país subiu, refletindo a expectativa de que Cristina adote uma postura mais moderada no relacionamento com investidores, empresários e ruralistas.

Kirchner era visto com desconfiança pelos mercados, mas seu desaparecimento no polarizado cenário político argentino agrava as incertezas neste período pré-eleitoral.

"Néstor Kirchner era visto como um construtor de alianças... e sua morte criará um vácuo que pode ser difícil de preencher", disse a economista do Credit Suisse Carola Sandy. "Assim, (a presidente) poderá ter muitas dificuldades em manter a atual coalizão e o apoio aos sindicatos."

Analistas dizem que Cristina - que a exemplo do marido é conhecida por confrontar líderes empresariais e adotar políticas que desagradam os investidores - poderia agora assumir um tom mais conciliador, a fim de obter um apoio mais amplo.

Mas ela provavelmente manterá junto a si o círculo íntimo de colaboradores que já acompanhava o "casal presidencial" e a morte dele pode gerar uma onda de solidariedade que melhore a popularidade de Cristina, ao despertar nos argentinos a lembrança da forte recuperação econômica vista no mandato de Kirchner (2003-07).