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Opinião

OPINIÃO - Do ‘jeitinho’ que o diabo gosta

17 abril 2018 - 21h06Por OZÉAS LIMA VERAS

Ozeas Veras Nós, brasileiros, criticamos a desonestidade dos agentes públicos [políticos, juízes, policiais, etc.] e, por conseqüência, o alto grau de corrupção perceptível no país. Mas pouco ou quase nada fazemos ou tenhamos feito para mudar essa realidade.

Segundo levantamento da organização Transparência Internacional de 2016, os 10 países com menor índice de corrupção, são exatamente aqueles em que seus cidadãos se mostram mais comprometidos publicamente com a honestidade, transparência, respeito ao próximo e sustentam maior grau de formação sociocultural e responsabilidade social.

Não conseguimos [população] sequer entender o significado da palavra cidadão, que diremos nós a expressão ‘responsabilidade social’!

Fomos criados na conivência - do ‘jeitinho’ para isso, jeitinho para aquilo – e nos habituamos com o errado [jeitinho] moralmente aceito. A coisa só foi crescendo e ganhando proporções inimagináveis. Agora nos escandalizamos com o desnudar dos ‘jeitões’ que eram dados nos centros de Poder da nossa República, revelados nesses gigantescos escândalos de corrupção.

Lamentavelmente, temos culpa. Provavelmente pela omissão. Mas, indiscutivelmente, somos culpados conscientemente enquanto cidadãos por sempre termos feito ‘vista grossa’ para o mau feito do agente público ou do outro, travestido de ‘jeitinho’.

O estudo da Transparência Internacional demonstra que nosso país vem regredindo no aspecto da desonestidade a partir da nossa própria percepção. O alerta geral já foi dado e precisamos reagir.

Precisamos sair do berço esplêndido e começarmos a adoção de um comportamento verdadeiramente condizente com as nossas pretensões de ter um país melhor, mais honesto e justo. Vamos praticar o exercício da cidadania e desenvolvermos ações combativas às maledicências que assolam nosso país.

Quanto aos políticos, somos nós que outorgamos o Poder a eles para que o exerçam em nosso nome. E todos são cidadãos assim como nós. Nenhum deles é alienígena. Sabemos onde moram, o que comem, seus currículos, o que defendem, etc. E os escolhemos uma, duas, três... vezes para aquele posto de poder.

As eleições deste ano se aproximam e podemos começar uma mudança de comportamento a partir dela. Não reelegendo mais quem ocupa o mesmo cargo há anos. Denunciar quem insistir na velha prática de compra de votos. Vamos dizer não a reeleição e aos maus políticos.

Renovação já!

* O autor é presidente do PRB em Sinop-MT, Advogado e Mediador Judicial