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Polícia

Março começa com operações simultâneas da PF e PRF contra corrupção e contrabando

05 março 2020 - 11h40

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (5), com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), três novas operações que visam combater a corrupção em Mato Grosso do Sul. Duas delas tramitaram pela Delegacia da PF de Naviraí, buscando efetuar a repressão ao contrabando de cigarros na região Sul do Mato Grosso do Sul e desarticular uma rede de Agentes Públicos que dava suporte às atividades delituosas.

São sendo cumpridos 18 Mandados de Busca e Apreensão e 10 Mandados de Prisão, com a participação de aproximadamente 80 policiais federais e 30 PRFs. As medidas estão sendo cumpridas nas cidades de Naviraí, Juti, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Dourados e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e ainda em e Umuarama/PR.

O processo investigativo demonstrou que as organizações criminosas desarticuladas movimentavam centenas de carretas de cigarros introduzidos ilicitamente no País para diversos Estados. Os integrantes do esquema criminoso cooptaram servidores públicos, em especial Policiais Rodoviários Federais, para facilitar o tráfego dos objetos ilícitos com a omissão do dever funcional de repressão ao crime. As duas Instituições, com a ação, buscam quebrar a estrutura logística de apoio às atividades delituosas que foi estabelecida.

O esquema delituoso contava com indivíduos que ocupavam a função de gerentes, comandando as redes de transportadores, batedores, olheiros e fazendo contato com os “garantidores”. Estes eram agentes públicos cooptados e que permitiam as ações delitivas e, em certos casos, agiam de forma a dificultar a atuação dos policiais que estavam cumprindo com seus deveres.

As operações foram batizadas de Managers (Gerentes, em inglês) e Cem por Cento (em alusão às funções dos integrantes das organizações criminosas e à forma como estes se comunicavam quando agentes públicos cooptados pelo esquema) nos postos de fiscalização.

Gun Express

Em outra ação, a Polícia Federal deflagrou também na manhã desta quinta-feira (5) a operação Gun Express para desarticular grupo especializado na prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, acessórios e munições. São cumpridos mandados em nove estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul, na cidade de Paranhos.

São 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, que são cumpridos no Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. As investigações começaram em 2018, quando a PF identificou que armas de fogo estariam sendo remetidas pelos Correios, escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como aparadores de chute, luvas e caneleiras.

A quadrilha atuava nos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte em associação na importação, guarda, remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições, que teriam como destino diversos outros estados do país. Foram apreendidos armamentos e acessórios escondidos em tanques de combustíveis de veículos, usados durante o transporte para alguns dos estados do nordeste.

Desde 2016, a quadrilha já teria enviado mais de 300 armas de fogo, investindo cerca de dois milhões de reais na compra do armamento. Parte do pagamento das armas era feito por intermédio de empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos pelo sistema de transferências bancárias.

Estão sendo executados 27 bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações financeiras, bem como sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e uma pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de terceiros. Foram decretadas ainda 6 medidas cautelares diversas da prisão para outras pessoas envolvidas na investigação. Deverão ser indiciadas 28 pessoas pela prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

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