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Grécia: Líderes da zona do euro devem se reunir para discutir situação

06 julho 2015 - 11h29Por Do G1/Douranews

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, definiram neste domingo, em conversa por telefone, que os líderes da zona do euro irão se reunir na próxima terça-feira para discutir a situação da Grécia, depois que o país rejeitou, em referendo, os termos do resgate do país.

De acordo com o Palácio do Eliseu, sede do governo da França, Hollande vai receber já na tarde de segunda-feira a primeira-ministra alemã para discutir o resultado do referendo. No comunicado, a presidência francesa aponta que o encontro marca a "cooperação permanente entre França e Alemanha para contribuir com uma solução duradoura para a Grécia".

Vitória do não
A maioria dos eleitores gregos decidiu pelo "não" às exigências dos credores do país para pagar sua dívida, segundo os primeiros resultados do referendo no país. Com 80% dos votos apurados, o "não" tinha 61,56% dos votos.

Milhares de partidários do "Não" lotavam a praça Syntagma, no centro de Atenas, para comemorar a vitória no referendo celebrado este domingo na Grécia. Cerca de  5 mil manifestantes, segundo a polícia, exibiam bandeiras gregas e cartazes com a palavra OXI (Não), repetindo palavras de ordem contra a austeridade.

"Não por uma pátria livre" e "Não pelo futuro, por nossos filhos", diziam alguns dos cartazes levados pelos manifestantes de um partido de extrema-esquerda, EPAM (Frente Unidos Popula).

Também havia festejos perto da Universidade, onde se concentrava cerca de mil militantes do Syriza. Ao redor da praça Syntagma os manifestantes gritavam "Oxi, oxi", alguns cantavam e outros dançavam.

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Urna é retirada após o fim da votação em Atenas

Segundo as agências de notícias, a votação ocorreu sem incidentes. A estimativa é que 65% dos eleitores tenha comparecido à votação.

Pouco depois do final da votação, o porta-voz do governo grego, Gavriil Sakellaridis afirmou que o governo quer retomar as negociações com os credores gregos imediatamente. "As negociações que vamos começar devem ser concluídas muito rapidamente, mesmo em 48 horas", afirmou.

Com os bancos correndo o risco de ficar sem dinheiro já na segunda-feira, o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, deve se reunir ainda neste domingo com os banqueiros do país. O governo também deve pedir ajuda ao Banco Central Europeu para garantir a liquidez das insttuições. Sem esses recursos, o governo grego pode ser obrigado a voltar a emitir dracmas – a moeda anterior ao euro.

Protestos
Manifestantes tomaram conta de Atenas nos dias que antecederam a votação, mostrando o país dividido entre os que defendem as reformas impostas à Grécia e os que recusam as medidas. Houve tumultos e a polícia chegou a intervir com gás lacrimogêneo.

Na sexta-feira, uma pesquisa do respeitado instituto Alco para o jornal Ethnos mostrava uma pequena vantagem dos defensores do acordo, mostrando o "sim" com 44,8% contra 43,4% para o "não". Mas a vantagem fica dentro da margem de erro de 3,1 pontos percentuais, e 11,8% dos entrevistados disseram que ainda estavam indecisos, segundo a Reuters.

O que o referendo perguntou?

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A consulta quer saber se os eleitores aceitam o acordo proposto pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 26 de junho. Dividido em duas partes, o acordo exige uma série de reformas para cortar gastos e aumentar a arrecadação. Os gregos terão que escolher entre duas respostas: não ou sim. Para os principais líderes europeus, a pergunta é outra: se a Grécia deve ou não ficar na zona do euro.