Seis dias após ter sido solto por uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-deputado estadual José Riva (PSD), que responde a mais de 100 processos e que já foi considerado pela Justiça o maior ficha-suja do país, foi preso novamente nesta quarta-feira (1), durante a Operação 'Ventríluquo', em Cuiabá. A prisão foi pedida pelo MPE (Ministério Público Estadual) e determinada pela juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal da capital. Ao G1 a defesa de Riva disse que a decisão contraria a determinação do STF.
"Isso é estarrecedor. A decisão de hoje é um subterfúgio para descumprir a ordem do Supremo. Vamos tomar medidas em relação à essa decisão", declarou o advogado Rodrigo Mudrovitsch.
O ex-parlamentar que ocupou cargo na Assembleia por mais de 20 anos é acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres da instituição. Ele passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e depois foi levado para o Centro de Custódia de Cuiabá.
Além do mandado de prisão, o Gaeco cumpre mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Em uma das decisões, que motivaram a realização da operação, a juíza autorizou que os agentes apreendessem agendas, cadernos, anotações, extratos, recibos, notas fiscais, computadores e mídias eletrônicas no gabinete do secretário de Controle Interno da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot.
Foram levados dois computadores e documentos referentes à gestão passada, presidida por José Riva, segundo a assessoria da Assembleia Legislativa. Por causa da operação, a sessão plenária foi suspensa por 15 minutos, segundo publica o G1.
